Último estudo para atualizar o sistema de transporte foi realizado há mais de 30 anos
Pensando em melhorar a qualidade do serviço de transporte coletivo que hoje é oferecido na capital, a Prefeitura, através da Subsecretaria Municipal de Transportes e Trânsito está trabalhando na readequação das 55 linhas existentes.
Os itinerários atuais, segundo o subsecretário, Marden Negrão, são baseados em um estudo defasado, realizado no ano de 1986. De lá para cá, apenas adaptações foram feitas e por isso a ideia da gestão é atualizar o levantamento com a contratação de uma pesquisa origem-destino (POD), ferramenta de planejamento da mobilidade urbana.
Através da pesquisa será oferecido o retrato dos principais padrões de deslocamento dos usuários do transporte. “São 31 anos, então isso faz com que a população fique distante do serviço. A cidade cresceu de maneira rápida, mas é boa para o planejamento do transporte coletivo. Tem que ter a origem e o destino definidos. Sem essa definição, peca-se na hora de programar como a execução deve ser feita. Prova disto é que hoje no sistema viário da cidade, que tem 160 ônibus contratados para rodar, não são transportados mais do que 80 mil pessoas”, explicou Negrão ao garantir que a frota contratada seria capaz de chegar a 150 mil passageiros sem necessidade de aumento de coletivos.
Ainda de acordo com Marden, a realização do POD deve ser contratada ainda neste semestre, cumprindo assim a determinação do prefeito, dr Hildon Chaves, de atender o munícipe com qualidade. “É um processo longo, com pesquisas e comparativos, estamos em busca de empresas capazes para que assim possamos estruturar o sistema por muitos anos com um trabalho eminentemente técnico”, frisou.
Enquanto a readequação geral dos itinerários não acontece, a Subsecretaria avalia a implantação de um paliativo, linhas expressas que atendam as regiões mais populosas com deslocamento para o centro. Em até um mês, os usuários da zona sul, assim como os da zona leste com destino ao centro histórico, terão acesso a linhas consideradas mais rápidas, com uma média máxima de três a quatro paradas nos bairros, ganhando tempo de deslocamento.
As possibilidades já estão sendo discutidas e uma análise deve definir se os expressos serão implantados em rotas novas ou já existentes. “Assim evitamos um acúmulo de trânsito muito denso, pois Porto Velho tem uma característica diferente, de possuir três diferentes centros comerciais. Com a demanda condensada no ponto origem e as paradas condensadas em pontos de intersecção de linhas, diminui-se o impacto de trânsito nas regiões centrais e quem vai trabalhar de carro ou moto, poderá contar com o sistema de forma segura e pontual”, explicou Negrão.
Texto e fotos Comdecom
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