Ministério Público cobra respostas sobre possíveis irregularidades no Parque Arruda Câmara após morte de jovem
A leoa que matou um jovem em um parque de João Pessoa, no último domingo (30), retomou à jaula nesta semana. Agora, o parque é investigado por possíveis irregularidades.
O Ministério Público da Paraíba deu um prazo de 15 dias para que órgãos municipais e estaduais apresentem respostas sobre irregularidades no Parque Arruda Câmara, em João Pessoa. O pedido foi feito com base em dois relatórios que já apontavam problemas antes mesmo da morte do jovem Gerson Machado.
O promotor de Justiça de João Pessoa Edmilson de Campos Leite Filho explicou que algumas medidas já foram acertadas com o município. “Como, por exemplo, instauração do procedimento para verificar o que de fato ocorreu, a solicitação de exames médico-veterinários existentes antes e posteriormente, um plano de manejo e assistência para a leoa”, afirmou.
Os relatórios citados pelo Ministério Público revelam risco ambiental, manejo inadequado dos animais, tubulações antigas de esgoto e falhas no monitoramento. Das 32 câmeras de segurança, apenas quatro funcionavam. Também foram identificados registros incompletos ou desatualizados sobre os animais do parque e denúncias de furtos e mortes de animais não registradas oficialmente.
A leoa Leona, envolvida no ataque, após um período de quarentena, retornou à jaula. Segundo a equipe do parque, o animal está bem e segue acompanhado por técnicos e veterinários.
A bióloga Marília Maia afirmou que a leoa apresenta comportamento positivo. “A Leona já está apresentando muita tranquilidade. Ela já voltou ao recinto e voltou de forma muito tranquila, já fez os comportamentos biológicos”, disse.
No último dia 30 de novembro, Gerson Machado escalou uma parede de mais de seis metros no parque para entrar na jaula da leoa. O animal atacou e matou o jovem.
Enquanto as investigações avançam, as atividades no local estão oficialmente suspensas. Uma portaria publicada pela Prefeitura de João Pessoa determina o fechamento imediato do parque por tempo indeterminado. A decisão cita o “grave incidente”, a necessidade de garantir segurança para visitantes e animais e a obrigação de apurar rigorosamente as circunstâncias do ataque.
FONTE: SBT NEWS


























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