Cidades

Prefeitura de Porto Velho dá calote e atendimentos psicológicos a servidores estão prestes a ser suspensos

A saúde mental dos servidores públicos municipais de Porto Velho está por um fio. A clínica Cliom, uma das principais prestadoras de serviço psicológico e psiquiátrico credenciadas ao IPAM (Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Município), anunciou a suspensão dos atendimentos odontológicos já a partir desta semana. E, se a situação não for regularizada até o dia 15 de agosto, os atendimentos psicológicos e psiquiátricos também serão interrompidos. Outras empresas do ramo passam pelo mesmo problema.

O motivo é tão grave quanto recorrente na atual gestão municipal: calote. A Prefeitura, por meio do IPAM, há 7 meses não repassa os valores descontados diretamente dos contracheques dos servidores à clínica. Ou seja, os servidores pagam pelo serviço, mas a Prefeitura não cumpre sua parte e deixa de transferir o pagamento às clínicas.

Segundo o jornal apurou a interrupção desses atendimentos representa um risco real à saúde dos pacientes, sobretudo os profissionais da Educação. Muitos deles são pacientes psiquiátricos em tratamento contínuo e com diagnóstico de transtornos, que exigem acompanhamento regular.

No caso da Clion, a clínica presta atendimento periódico e semanal. Se até o dia 15 de agosto o IPAM não se manifestar para negociar a dívida os atendimentos psicológicos e psiquiátricos devem ser paralisados. Os pacientes estão sendo orientados a procurarem diretamente o IPAM e cobrarem providências.

Além do impacto devastador para os pacientes, a situação também afeta diretamente os profissionais de saúde, que há meses vêm arcando com o custo do próprio trabalho.

Não é a primeira vez que a gestão do prefeito Léo Moraes demonstra descompromisso com os fornecedores da saúde. No início do ano, em um vídeo típico de sua estética populista, o prefeito apareceu carregando caixas de medicamentos e prometendo tirar a saúde do caos. O espetáculo, no entanto, não passou da encenação: o fornecedor dos remédios ainda não recebeu nenhum pagamento.

O caso da Cliom é apenas mais um capítulo do que se desenha como uma crise de responsabilidade administrativa. A suspensão de tratamentos de saúde mental em um momento de adoecimento coletivo, agravado pelo acúmulo de demandas e desvalorização funcional, é um sinal alarmante da fragilidade do sistema de assistência ao servidor municipal. E mais: é um retrocesso grave, que escancara a negligência de uma gestão que parece mais preocupada em posar para as redes do que em garantir o básico para quem mantém a cidade funcionando.

Se a Prefeitura não consegue manter em dia o repasse de valores que já foram pagos pelos servidores, o que mais está sendo desviado de sua obrigação?

Enquanto isso, psicólogos, psiquiatras e servidores adoece,  todos vítimas de uma gestão que falha onde mais deveria cuidar.

FONTE: RONDONIAGORA.COM

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