Cidades

Orçada em R$ 2,2 mi, obra de praça está parada há 2 anos em Ji-Paraná

Revitalização do Beira Rio está parada desde dezembro de 2014.
Segundo DER, projeto passou por adequação e passará em nova licitação.

A obra da praça Beira Rio Cultural vai completar dois anos de atraso em Ji-Paraná (RO), região central do estado. Criado em 1994, o local começou a ser revitalizado em fevereiro de 2014 e foi orçado em R$ 2,2 milhões, porém os trabalhos foram paralisados em dezembro do mesmo ano por atrasos nos repasses. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura e Serviços Públicos de Rondônia (DER-RO), o projeto estrutural, que previa a construção de quiosques, passou por readequação e custará mais R$ 2,5 milhões, além do que já foi investido.

Conforme o DER-RO, o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) suspendeu os repasses para várias obras no estado, o que causou a paralisação nas obras do Beira Rio há quase dois anos. Conforme o diretor geral do órgão, Ezequiel Neiva, a equipe de engenharia do DER deverá, dentro de 60 dias, apresentar adequações no projeto. Após isso, um novo processo licitatório será realizado.

O projeto inicial da praça Beira Rio Cultural previa a construção de quiosques e restaurantes, muro de contenção nas margens do Rio Machado, calçamento de concreto e uma passarela para acesso à BR-364.

Projeto inicial de revitalização previa quiosques e restaurantes (Foto: Pâmela Fernandes/ G1)

De acordo com o DER, o valor inicial do projeto era de R$ 2.280.148,30 e foi preciso adequação para a construção de um aterro após a enchente que atingiu o município e afetou o local. Até agora, cerca de R$ 1,2 milhões já foram investidos no espaço, o que representa 45% da execução das obras.

Procurado pelo G1, o órgão informou que o projeto estrutural foi readequado e entregue, mas ainda falta o projeto complementar, que envolve parte hidráulica e elétrica. Todo projeto deve ser entregue até o fim deste ano, onde ficará disponível para licitação. A licitação deve ocorrer entre 60 e 90 dias e a previsão de inicio das obras é no primeiro semestre de 2017.

Ainda segundo o DER, as readequações vão custar mais R$ 2,5 milhões, além do valor que já foi investido no local.

Reclamações
Abandonada há quase dois anos, moradores relatam que o local das obras trazem insegurança para os frequentadores da praça. A falta de iluminação e a frequente presença de usuários de drogas estão entre as principais reclamações.

“Você não pode caminhar e deixar os filhos brincando, por que não sabemos se alguém vai se aproximar das crianças. Não temos tranquilidade lá, só dá para ir durante o dia. Não temos um lugar para fazer um piquenique com nossos filhos ou até mesmo um show público”, diz a moradora Luana Amorim.

Moradora relata medo de usuários de drogas na praça (Foto: Pâmela Fernandes/ G1)

Segundo o DER, se todo o cronograma para adequação do projeto e abertura do processo licitatório correr dentro do previsto, as obras poderão ser iniciadas até dezembro deste ano. Para a professora Marsandra Vieira, que dá aulas há 23 anos em uma escola próxima ao complexo, o atraso e a paralisação das obras são um descaso à sociedade.

“Há obra está parada desde 2014, mas antes disso o Beira Rio já estava abandonado há muito tempo, é um descaso com a população ver essa obra parada, a gente fica envergonhado da situação, um canteiro a céu aberto bem no meio da cidade”, afirma a professora.

Fonte: G1

 

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