Queda vem seguida de intervenções feita pelo BC e da conclusão da votação do pacote de gastos pelo Congresso Nacional
Após uma série de altas, o dólar recuou pelo segundo dia consecutivo nesta sexta-feira (20), sendo vendido a R$ 6,07. A queda vem seguida de intervenções feita pelo Banco Central e da conclusão da votação do pacote de gastos do governo federal pelo Congresso Nacional. Nesta quinta-feira (19), a autoridade monetária brasileira realizou dois leilões ao longo do dia para segurar a moeda, tendo vendido à vista US$ 8 bilhões.
O BC realizou logo após a abertura do mercado leilão de venda de US$ 3 bilhões de moeda à vista, totalmente absorvido. Logo em seguida, o BC ofereceu US$ 5 bilhões em nova operação. Foi o maior valor para um único leilão da história do regime de câmbio flutuante, acima do registrado em 9 de março de 2020.
A depreciação vem influenciada, ainda, da conclusão da votação do pacote de gastos. Com algumas mudanças, a finalização se dá com a promulgação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que compõe as medidas para perseguir a meta fiscal. No último dia 19, os parlamentares já haviam aprovado o projeto de lei complementar que estabelece novos limites de gastos nos casos de resultado negativo nas contas públicas, que faz parte das medidas de contenção.
A sequência de altas do dólar se deu pela preocupação do mercado financeiro em relação à capacidade do Executivo em cumprir as metas do pacote de contenção de gastos do governo. Na quarta-feira (18), por exemplo, a moeda disparou frente ao real e bateu R$ 6,26.
Lula e BC
Ainda nesta sexta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que Gabriel Galípolo será o”mais importante” dos presidentes do Banco Central porque será o gestor “com mais autonomia” que a instituição já teve. “Quero que você saiba que jamais, jamais haverá, da parte da presidência, qualquer interferência no trabalho que você tem que fazer”, disse, ao lado do futuro presidente do BC.
Lula publicou um vídeo nas redes sociais em que anuncia Galípolo como novo responsável pelo banco. Ao lado dos ministros Fernando Haddad, da Fazenda, Simone Tebet, do Planejamento, e Rui Costa, da Casa Civil, o presidente deu as boas-vindas a Galípolo (leia mais aqui).
FONTE: R7.COM
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