As manhãs em Porto Velho são cada vez mais cinzentas e sufocantes; a última quinta-feira, inclusive, foi marcada pelo pior amanhecer desde o início das queimadas
Com a qualidade do ar em Porto Velho sendo considerada a pior do Brasil, segundo dados de órgãos oficiais de monitoramento, a população enfrenta um cenário alarmante de queimadas que parecem estar fora de controle. Em meio a esse caos, as perguntas que ecoam na cidade são: quantos responsáveis pelas queimadas estão presos? Onde estão as autoridades de fiscalização federais e estaduais?
O silêncio das autoridades, como o Ibama, a Polícia Federal e a Polícia Ambiental, é ensurdecedor. Esses mesmos órgãos, que não hesitam em destruir dragas e balsas dos garimpeiros, parecem relutar em agir com a mesma intensidade contra aqueles que destroem o meio ambiente com queimadas ilegais, tornando o ar quase irrespirável para os moradores da capital rondoniense. As manhãs em Porto Velho são cada vez mais cinzentas e sufocantes; a última quinta-feira, inclusive, foi marcada pelo pior amanhecer desde o início das queimadas.
A indignação cresce à medida que o problema se agrava. Nesta semana, como um verdadeiro desafio às autoridades, áreas próximas ao Espaço Alternativo, um dos poucos locais de lazer da cidade, foram incendiadas. O resultado foi um grande incêndio que envolveu a capital em uma nuvem de fumaça preta, assustando a população e dificultando ainda mais a vida dos frequentadores daquele espaço.
Em vez de uma ação rigorosa contra os responsáveis por esses crimes ambientais, as queimadas parecem se intensificar, enquanto a fiscalização e as punições permanecem nebulosas. A falta de transparência é preocupante: quantas multas foram aplicadas e quantas realmente foram pagas? Quantos responsáveis pelas queimadas foram presos e quantos terão que arcar com as indenizações pelos graves danos ao meio ambiente?
O aumento das queimadas e da poluição do ar em Porto Velho é uma vergonha, refletindo a ineficácia das medidas de controle e fiscalização das autoridades competentes. A população merece respostas e, sobretudo, ações concretas para frear essa destruição ambiental que tem tornado a vida na cidade cada dia mais insuportável.
FONTE: JH NOTICIAS
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