S1 e N1 ficam bloqueadas da rodoviária ao Congresso até fim do processo.
Segurança para depoimento de Dilma terá 380 homens nesta segunda-feira.
As vias N1 e S1 do Eixo Monumental estão interditadas desde a meia-noite desta segunda-feira (29), no trecho entre a rodoviária do Plano Piloto e o Congresso Nacional, durante o depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff no julgamento do processo de impeachment no Senado.
A expectativa do governo do Distrito Federal é de que o bloqueio aconteça até o final do processo de impeachment. O GDF espera que um público entre 20 mil e 30 mil pessoas esteja no local durante o processo.
“A todo instante nós estaremos monitorando a real possibilidade de manter esse trânsito interditado, visando sempre a garantia da incolumidade das pessoas que estarão nesse local. Contudo, o nosso planejamento é para que a N1 e a S1 permaneçam interditadas até o final do processo de impeachment, que esperamos que acabe na madrugada de 30 para 31 [de agosto]”, afirma o secretário-adjunto de Segurança do DF, Márcio Pereira da Silva para a Rádio Senado.
O governo do DF não prevê a instalação de telões para o público, a exemplo do que aconteceu nas votações do primeiro semestre. O muro deve ser desmontado em até 48 horas após o fim do julgamento.
Efetivo
O efetivo empregado na segurança da cidade será de 380 homens nesta segunda-feira e 1.332 policiais na terça-feira. Caso o julgamento se estenda até quarta (31), o mesmo efetivo de 1.332 policiais será utilizado. No dia posterior ao término do processo, 290 militares ainda farão a segurança da Esplanada dos Ministérios.
Além da Polícia Militar, um efetivo de cem bombeiros e cem agentes de trânsito será empregados todos os dias. A 5ª Delegacia de Polícia, que cuida da área central, também terá reforço.
“Tenho plena confiança na capacidade investigativa da Policia Civil. Em nenhum momento deixamos de contar com a Polícia Civil, tivemos todos os procedimentos assegurados. Brasília continua segura como sempre foi”, disse. A categoria está em operação-padrão por salários melhores – nesta quarta, chefes de seção entregaram cartas de exoneração ao governo.
Grupos separados
O esquema de segurança foi definido nesta quinta, após reunião com lideranças dos dois grupos. Segundo a pasta, a disposição dos manifestantes na Esplanada dos Ministérios será a mesma utilizada durante a votação da Câmara dos Deputados, que ocorreu no dia 17 de abril.
O grupo a favor do impedimento definitivo de Dilma fica no lado da cúpula do Senado (do lado norte da Esplanada dos Ministérios); o contrário, ficará do lado da Câmara dos Deputados (lado sul). A divisão dos manifestantes é feita a partir da rodoviária do Plano Piloto.
De acordo com a secretária de Segurança Pública, Marcia de Alencar, a retomada da utilização do “muro do impeachment” é para garantir a “livre manifestação com a preservação das pessoas e do patrimônio”.
Segundo o secretário-adjunto, Márcio Pereira da Silva, está combinado com os movimentos pró e contra o impeachment que ao final do julgamento o grupo “derrotado” deve se retirar da Esplanada.
Os manifestantes que forem até as proximidades do Congresso Nacional estão sujeitos a revistas da Polícia Militar. Estão proibidos paus de selfie, bastões, mastros de bandeiras, máscaras, bolas de gude e qualquer outro material que pode ser usados em ações agressivas.
Muro
O governo do Distrito Federal reergueu o “muro” montado na Esplanada dos Ministérios para dividir manifestantes favoráveis e contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. A A reconstrução da estrutura teve início na última segunda-feira (22).
As grades de segurança não foram necessárias na última fase de votação do relatório da comissão especial, que ocorreu no Plenário do Senado no último dia 9, quando um público muito aquém do esperado pelo governo compareceu às proximidades do Congresso Nacional.
Naquele momento, a pasta estimava que 5 mil pessoas fossem à Esplanada. Apenas um grupo de 50 manifestantes favoráveis ao impeachment protestou ao lado da cúpula do Senado na ocasião.O muro foi utilizado pela primeira vez no dia 17 de abril, quando a votação para o processo do impeachment de Dilma ocorreu na Câmara dos Deputados.
Semana decisiva
A sessão desta segunda-feira faz parte da fase final do processo, na qual a presidente poderá usar a palavra por 30 minutos – período que poderá ser prorrogado – e, em seguida, responder a perguntas dos senadores, da acusação e da defesa.
Até a última atualização desta reportagem, 46 estavam inscritos para fazer perguntas, pelo tempo de 5 minutos cada. Dilma terá o tempo que for necessário para responder as questões.
Senadores que apoiam Dilma se reuniram para acertar as perguntas que farão na sessão. Uma das presentes, a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) informou que ainda tentará convencer os opositores de Dilma a altenar a participação com os apoiadores, para balancear de maneira mais uniforme o interrogatório.
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