Taxas de Rondônia são umas das mais altas do país e os chamados “empréstimos de risco” podem ser os responsáveis. Dinheiro pode parar em campanhas
Será que foi erro de digitação?
Um decreto autorizando a viagem do Chefe da Casa Civil Emerson Castro à Manaus no dia 5 de julho foi pulicado no Diário Oficial do Estado. Curioso observar duas coisas nessa história, a primeira é que o decreto não estabelece o período da viagem, diz apenas “5 de julho” com “ônus para o Estado” (óbvio). O segundo ponto é o evento em questão. De acordo com o decreto, a viagem é para “participar do fórum internacional de software livre”. Acontece que esse evento aconteceu sim, mas foi em Porto Alegre (Rio Grande do Sul) entre os dias 8 e 11 de julho, no Centro de Eventos da PUCRS.
Isso mostra
Que a turma não verifica com muito cuidado esses decretos de viagens. Depois ficam com raiva quando PAINEL POLÍTICO diz que foram passear com recursos públicos. Cadê o relatório da viagem e o principal, onde está a importância disso para o Estado. Até onde sei, Castro é formado em hotelaria, passa longe de conhecer linguagens de programação. Um evento dessa natureza, pela lógica, deveria ser acompanhado por técnicos da área, ou estou errado? É igual o vice-governador Daniel Pereira e os secretários de agricultura (?) e Desenvolvimento (??) indo em Florianópolis aprender a preencher boletim de ocorrências. No mínimo, deveriam devolver essas diárias. Pereira eu sei que é sério, e se bobear, já devolveu…espero!
Falando em dinheiro
No Brasil atualmente os servidores públicos devem R$ 171,3 bilhões em empréstimos consignados. A alta renda, aliada à garantia de estabilidade no emprego, empurra essa categoria a se transformar em presa fácil para os bancos na concessão de crédito. Segundo o jornal Correio Braziliense, a gastança desenfreada levou 70% desse grupo de trabalhadores ao endividamento, aponta o Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec). Os dados são alarmantes já que a proporção é maior do que os 58% das famílias que declaram à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no mesmo período, ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. Para piorar a situação, os 34,4 milhões de trabalhadores do setor privado devem, no consignado, aproximadamente um décimo do que os 11,3 milhões de servidores no consignado: R$ 18,2 bilhões.
Pois é
E em Rondônia, o executivo estadual está estudando aumentar o prazo de empréstimos consignados (atualmente é de 96 meses) e isso representa, claro, um aumento nas taxas, o que já aconteceu. Os empréstimos consignados são para servidores concursados, exatamente porque eles contam com estabilidade. Ocorre que os comissionados também estariam fazendo, e quando são demitidos, deixam de pagar. Com o aumento da inadimplência, os juros sobem porque alguém tem que pagar essa conta, e claro, nunca são os bancos. As taxas atualmente variam de 22,44% ao ano (Bancoob) a 99,59% (Facta S.A. Cfi). Mas, com os comissionados, o risco (e taxa) aumenta. Para ver uma tabela completa clique AQUI.
Observe
Que o Banco do Brasil consta com uma taxa de juros de 1,99% ao mês (26,67 ao ano). Para servidores da prefeitura de Ariquemes, por exemplo, a taxa é de 1,65% e para os do Estado é de 2,65%.
Mas, como?
A Lei Complementar 701 de 5 de março de 2013 determina que apenas os servidores efetivos possam ter acesso aos empréstimos, mas estamos no Brasil e funciona, a grosso modo, assim, se você for nomeado já tem uma matrícula. Você procura alguém do governo com acesso (e ai onde mora o jogo), que autoriza diretamente com a instituição. Como as “perdas” já estão contabilizadas (e devidamente ressarcidas com taxas mais altas), o dinheiro é liberado. Se rastrear acha.
Olho aberto
Como nas eleições desse ano só poderão fazer doações as pessoas físicas, adivinhe onde os comissionados conseguirão dinheiro para “doar” a seus candidatos? Claro que terão que declarar isso no imposto de renda, mas isso é facilmente contornável. Portanto, não custa nada o MPF e a Procuradoria Regional Eleitoral dar uma olhada nessas “doações”, principalmente dos candidatos da situação.
Em Brasília vai dar cadeia
O ex-ministro Paulo Bernardo, marido da senadora petista Gleisi Hoffmann, a “narizinho” chegou a ser preso na Operação Custo Brasil, um desdobramento da Lava Jato em São Paulo. A operação tem como objeto um acordo firmado entre a empresa Consist e entidades contratadas pelo Ministério do Planejamento para auxiliar na gestão dos consignados. Como taxa de administração, os servidores pagavam à Consist 1 real em cada parcela mensal, enquanto o custo de mercado seria de 30 centavos, conforme as investigações. Bernardo foi titular da pasta de 2005 até 2011, quando saiu para assumir o Ministério das Comunicações. Parte do dinheiro desviado era usado para abastecer os cofres do PT e para cobrir despesas do ex-ministro, como, por exemplo, a renumeração de um assessor, do motorista e do próprio advogado.
E em Rondônia?
Alguém sabe dizer como estão operando os empréstimos consignados?
Fechado, mas nem tanto
O DEM está fechado com Pimentel. Mas isso pode mudar. De acordo com o presidente estadual da legenda, deputado federal Marcos Rogério, “a definição está nas mãos do diretório municipal”. Rogério havia dito há cerca de um mês, que se Mariana Carvalho não fosse candidata, a legenda “iria com Léo Moraes”. Pelo jeito, o deputado anda com algum problema em cumprir o que diz…
“Remover marcação”
Não marque na mesma postagem o senador Acir Gurgacz e o deputado federal Marcos Rogério. As relações entre eles estremeceram de verdade com a saída de Rogério do grupo de Gurgacz. Para o senador, Rogério não entendeu que os votos de sua reeleição pertencem ao PDT, através de um trabalho nos 52 municípios. A “prova dos 9” vai acontecer, de fato, em 2018.
Clínica Mais Saúde informa – Tratamento experimental contra Alzheimer tem resultado promissor
Um grupo de cientistas que buscam um tratamento para atrasar o avanço do Alzheimer receberam com esperança os resultados de um pequeno ensaio clínico. O fármaco experimental LMTM, da empresa TauRx Therapeutics Ltd., sediada em Cingapura, foi concebido para reduzir a acumulação das proteínas tau no cérebro. Quando o cérebro não funciona corretamente, essa proteína se acumula de forma anormal, provocando degenerações nos neurônios, como a doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência. De um modo geral, o ensaio clínico envolvendo 891 pessoas com suspeita de Alzheimer não mostrou nenhum benefício para os que tomaram até duas doses da droga ou um placebo. A maioria dos pacientes do estudo estava tomando, além da droga experimental, outros medicamentos já aprovados para a doença de Alzheimer, disseram os pesquisadores. Mas um subgrupo menor, de cerca de 100 pacientes que estavam tomando apenas o fármaco experimental e não recebiam nenhum outro tratamento para a doença de Alzheimer, mostrou um ritmo de atrofia cerebral muito lento, de acordo com os resultados apresentados na quarta-feira na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (AAIC), em Toronto, no Canadá. Especialistas não envolvidos no estudo, porém, pediram cautela na interpretação dos resultados. As conclusões são “interessantes mas também complexas, e vai levar tempo para a área determinar o que elas significam”, advertiu Maria Carrillo, diretora científica da AAIC.
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