População de Rolim de Moura lamenta a situação precária do Hospital Municipal
Pra uns piorou mais, pra outros piorou menos, mas que piorou a saúde do município, piorou, foi o que disse um morador do Bairro Cidade Alta.
Moradores admitem que o caos generalizado na saúde de Rolim de Moura, chegou a marcas insustentáveis na administração do atual prefeito Luizão do Trento. O hospital Amélio João, que já foi referência no atendimento na década de 90, quando atendia centenas de pessoas oriundas de outras cidades da Zona da Mata e Vale do Guaporé, hoje não consegue oferecer nem mesmo tratamentos básicos, o que devia ser um atendimento regular.
Começando pela estrutura do prédio que foi construído há mais de trinta anos, o que se observa é total abandono uma vez que até as próprias salas utilizadas pelos médicos, carecem de ampla reforma e comodidade e higienização, para atender os pacientes com mais dignidade. É visível a situação de deterioração das paredes internas do hospital, principalmente nas salas de consultas médicas, o que deveria merecer uma atenção especial dos responsáveis pela fiscalização como a Vigilância Sanitária ou ANVISA. O abandono do hospital municipal pela atual administração do prefeito Luizão do Trento é tão estarrecedora, que antes, o município tinha em seu quadro nos mais diversos turnos de trabalho, quarenta e quatro médicos e hoje apenas dezoitos médicos arcam com todos os atendimentos ficando assim sobrecarregados e castigando também os pacientes em estado mais crítico que tem que suportar a dor até chegar a sua vez, onde muitas vezes gera conflitos entre parentes de pacientes e os profissionais da área médica.
Um assunto de grande repercussão e insatisfação dos rolimourenses é saber que há quase um ano a sala cirúrgica do hospital municipal de Rolim de Moura continua fechada, por ingerência da administração do prefeito Luizão do Trento, o que causa revolta de quem precisa marcar uma simples cirurgia, tendo que passar por todo um cerimonial para depois ser encaminhado para a cidade de Cacoal. Médicos especialistas em cirurgias seletivas que trabalham a mais de trinta anos no hospital municipal Amélio João, nada podem fazer, pois a atual administração esquece de inserir nas compras, materiais rotineiros do hospital como gazes, esparadrapos e outro o que gera impecilho na condução dos trabalhos hospitalar.
Funcionários que não quiseram se identificar alegam também que o hospital possui dificuldades para manter o cardápio dos internos e, muitas vezes recebem reclamações dos parentes e até mesmo dos pacientes, mas alegam que nada podem fazer para melhorar o cardápio se não existe os ingredientes necessários.
O prefeito Luizão do Trento, tem sempre aproveitado o espaço na mídia para atacar o seu ex-colega de coligação partidária, César Cassol, o qual lhe outorgou o mandato de prefeito, tagarelando aos quatro cantos que pegou o município em situação de penúria, embora não cite quais foram os setores nevrálgicos, se foi alguma folha de pagamento atrasada ou dívidas deixadas pelo seu antecessor. Apesar da renúncia do ex-prefeito César Cassol por motivo de doença, é inegável por toda sociedade os benefícios trazidos pelo empresário ao município de Rolim de Moura, que através de sua empresa de mineração, fez doação de uma Unidade Semi-Intensiva composta com quatro leitos, onde uma empresa da cidade ofereceu treinamentos para os servidores. Graça ao seu gesto de benevolência vidas foram salvas. O ex-prefeito César Cassol, demonstrou o seu lado humanitário, sempre fazendo doações principalmente no que refere à saúde do município, como foi a entrega de um desfibrilador externo automático e um carrinho de emergência com acessórios para o hospital municipal Amélio João, um gesto até hoje na lembrança da população.
Infelizmenteeste sonho e vontade de salvar vidas foi por águas abaixo, visto que o prefeito Luizão do Trento, após um ano no comando do município, não conseguiu dar continuidade de funcionamento a sala de estabilização, o que tem contribuído nas estatísticas para aumentar o número de óbito dentro do hospital. A conquista dos aparelhos de estabilização junto ao ex-prefeito e empresário César Cassol foi um projeto do fisioterapeuta do hospital municipal, Olavo Silva Valente, com apoio da enfermeira e pioneira do hospital, Gildenete Assunção, onde na época o então prefeito nem pestaneou, comprando a aparelhagem no valor de aproximadamente quase 400 Mil Reais e, imediatamente fazendo um termo de doação, que hoje para sua tristeza e dos munícipes em geral, o que se vê é um total descaso com a saúde. Para manter em funcionamento a sala de estabilização, é necessária uma equipe composta de três médicos e três enfermeiras e, para concretizar basta que demonstre interesse sugerindo ao governo do estado a viabilidade em disponibilizar os profissionais, ou então viabilizar em forma de convênios.
Da Redação Folha Rondoniense
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