Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atraiu críticas dos Estados Unidos nesta segunda por seus comentários recentes sugerindo que o Ocidente estava “encorajando” o conflito ao armar a Ucrânia
O Kremlin disse, nesta terça-feira (18), que os esforços do Brasil para mediar a guerra na Ucrânia “merecem atenção”.
O governo da Rússia também informou que não viu nenhum plano para um acordo de paz apresentado pela França. A Bloomberg reportou anteriormente que o presidente francês Emmanuel Macron estava tentando abordar a China com um plano que poderia servir de base para as negociações entre Moscou e Kiev.
Enquanto isso, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atraiu críticas dos Estados Unidos nesta segunda-feira (17) por seus comentários recentes sugerindo que o Ocidente estava “encorajando” o conflito ao armar a Ucrânia.
Lula propôs formar um grupo de países não envolvidos na guerra para mediar a paz, dizendo a repórteres no domingo que discutiu a ideia com os líderes da China e dos Emirados Árabes Unidos.
Questionado sobre a sugestão de Lula, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos repórteres: “Qualquer ideia que leve em conta os interesses da Rússia merece atenção e certamente precisa ser ouvida.”
Vários países e líderes mundiais, incluindo o chinês Xi Jinping, o francês Macron e o presidente turco Tayyip Erdogan, tentaram se posicionar como possíveis pacificadores, quase 14 meses após o início da guerra.
A Rússia diz que está aberta a negociações, mas deixou claro que elas ocorrerão apenas em seus próprios termos. O governo russo diz que a Ucrânia deve aceitar as “novas realidades” no terreno – especificamente a anexação de quatro territórios ucranianos, considerada ilegal por Kiev e pelo Ocidente.
A Ucrânia disse repetidamente que não discutirá a paz ou um cessar-fogo até que as tropas russas deixem cada centímetro do território internacionalmente reconhecido da Ucrânia, com o presidente Volodymyr Zelensky dizendo que qualquer trégua temporária simplesmente permitiria que a Rússia se reagrupasse para um futuro ataque.
A Bloomberg informou nesta terça-feira que Macron estava tentando trabalhar com a China para elaborar um plano que pudesse ser usado como base para negociações entre os dois lados.
O Kremlin disse ter visto as reportagens, mas não entrou em contato com a França sobre o assunto. “Não temos conhecimento da existência de nenhum plano francês, não recebemos nada do lado francês”, disse Peskov.
FONTE: REUTERS COM CNN
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