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Situação preocupante no Ensino Público Estadual. 3.269 professores estão fora da Sala de Aula

A Folha Rondoniense teve acesso a um levantamento com base na folha de pagamento do mês de Março/2016, que mostra que dos 14.204 professores contratados pelo estado, 3.269 não estão exercendo suas funções de docência.

Segundo esse levantamento, dos 3.269 professores fora da sala de aula, 724 estão readaptados, em razão de Laudos Médicos os quais não os permitem a exercerem suas funções em sala de aula, por questões patológicas diversas, como cordas vocais, de articulações, cardiológicas entre outras. Desse total, 498 encontram-se afastados por motivos diversos, tais como licença sem remuneração, entre outras. Ainda do total dos professores fora de sala de aula, 1680 professores aguardam aposentadoria, por já terem atingido a idade, mas que portanto, não a requereram, em razão do aguardo pela efetivação da transposição para os quadros da União. Ainda, desse total geral, 234 professores estão afastados por encontrarem-se cedidos à outras secretarias, sem ônus para a SEDUC, e destes professores fora de sala de aula, contabiliza-se ainda 133 professores cedidos para outros órgãos ou entidades, tais como: sindicatos, autarquias, Assembleia Legislativa, outras Secretarias, etc. Vejam gráfico abaixo.

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A situação é preocupante, pois, estes 3.269 professores, integram o quadro de servidores da SEDUC, e não exercem suas funções em salas de aula, o que impossibilita que o Estado realize concurso público para suprir as ausências destes professores, em virtude de ainda permanecerem como servidores efetivos dos quadros da SEDUC.

A folha apurou que, dentre o total geral de professores, 10.935 exercem as atividades em sala de aula e enfrentam situações que contribuem para a incidência ou agravamento de doenças, seja por violência psicológica, em razão da indisciplina de alunos e até mesmo, ameaça por parte de alguns, os quais desprovém de educação e/ou formação familiar.

Presidente do SINPROF, diz que acompanha esses números com certa preocupação

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Presidente do SINPROF professor Joelson Chaves de Queiroz, com a Secretaria de Estado da Educação Fátima Gaviolli

A Folha Rondoniense, necessitando ouvir um profissional da educação, mais especificamente da categoria de professores, procurou o Professor Joelson Chaves de Queiroz, presidente do SINPROF (Sindicatos dos Professores no Estado de Rondônia), que muito gentilmente recebeu a reportagem da Folha e falou que na qualidade de presidente da única e exclusiva entidade sindical ligada à categoria de Professores, acompanha esse número que a folha lhe apresentou com certa preocupação, e que inclusive já tinha conhecimento dos mesmos, pois em reunião com a Secretária de Educação, Profª. Fátima Gaviolli, a mesma apresentou quadro demonstrativo das carências, oportunidade em que também demonstrou preocupação quanto à falta de professores em salas de aula e nos solicitou apoio no sentido de darmos sugestões, objetivando amenizar essa falta de professores, lembrando ainda que, tal carência de professores, se dá na forma da lei, as quais têm direito os mesmos. “Sugerimos, portanto, reavaliação quanto aos critérios para concessão de laudos, junto à Junta Médica, bem como, concessão de aposentadoria em tempo hábil para aqueles que as requererem e ainda realização urgente de concurso público para professores, inclusive na função de substituto.

A Secretária de Estado da Educação, acatou o que propomos e nos informou que está avaliando o que consideramos, medida solucionadora, à médio prazo para a resolução do problema para a falta de professores nas salas de aula”, disse o Prof. Joelson Queiroz.

Segundo Joelson, entre as sugestões dadas à Secretária de Estado de Educação, Profª. Fátima Gaviolli está a necessidade urgente de se editar uma lei criando um plano de cargos e salários específicos para os Professores e Professora do Estado de Rondônia, bem como o decréscimo da carga horário nos últimos cinco anos de atividades dos professores, lembrando ainda que no começo de sua carreira de professor, o profissional da educação está cheio de vontade, garra, coragem, abnegação, e da metade da sua vida útil de professor há um desgaste natural na sua atividade, inclusive com reflexos na sua saúde, e essa diminuição da carga horária, acarretaria uma melhoria no exercício da profissão.

Ainda, segundo o Prof. Joelson, um dos desgostos da classe de professores, é que ao se aposentar, o professor perde as gratificações que adquiriu ao longo sua carreira, e se aposenta só com os vencimentos do contrato inicial, aí ele não tem uma aposentadoria digna, que lhe permita viver condignamente. Daí a necessidade de se criar um dispositivo legal que reverta essa situação.

Finalizando Joelson  lembrou a Secretária de Estado da Educação, da necessidade de se aumentar o percentual de progressão funcional, que atualmente é de dois por cento, considerando que esse percentual é muito pouco, e não faz jus a quem dedicou sua vida a ensinar.

Da Redação Folha

Autor: Gomes Oliveira

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