Estrada que dá acesso a portos e distribuidoras de combustíveis está fechada desde a quinta-feira (13).
Entrou no segundo dia o protesto de garimpeiros na Estrada do Belmont contra a operação da Polícia Federal (PF) contra o garimpo ilegal no rio Madeira, em Porto Velho. A estrada do Belmont, que dá acesso a porto e distribuidoras de combustíveis, está fechada desde a quinta-feira (13).
A estrada foi fechada com pneus, pedaços de madeiras e restos de eletrodomésticos. Filas de carros e carretas estão formadas nos dois lados.
Garimpeiros e seus familiares estão no local do bloqueio e, por enquanto, não há previsão de liberação da via.
Garimpeiros estão debaixo de cobertura durante chuva em protesto — Foto: Thiago Bastchen/Rede Amazônica
Nesta sexta-feira (14) há um congestionamento de carretas na estrada e a Polícia Militar (PM) negocia com os manifestantes, debaixo de chuva, para que a estrada seja liberada.
Bloqueio na BR-319
O mesmo grupo fechou na última quarta-feira (12) um trecho da BR-319, próximo a ponte sobre o rio Madeira. Eles atearam fogo em pneus e pediram a presença de autoridades, em protesto contra a explosão de dragas que atuavam com garimpo ilegal no rio.
Filas de carros e carretas foram formados dos dois lados da via e após mais de três horas de bloqueio, motoristas forçaram a passagem por entre os manifestantes e a rodovia foi liberada.
Manifestação na BR-319 em Porto Velho — Foto: Carolina Brazil
Operação no rio Madeira
Embarcações do tipo “dragas”, utilizadas no garimpo ilegal no leito do rio Madeira, em Porto Velho, estão sendo destruídas por uma operação da Polícia Federal (PF) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A ação iniciou na quarta-feira (12) e não tem data para ser finalizada.
Segundo a PF, a operação busca “desestruturar organizações criminosas que lucram causando prejuízos ambientais com a mineração, modificação do curso natural do rio, destruição da vegetação ribeirinha e interrupção de canais de água”.
Até o momento, 81 embarcações já foram fiscalizadas e, de acordo com a polícia, todas as medidas administrativas legais e necessárias para a desestruturação da prática do garimpo ilegal foram tomadas.
Ainda segundo a PF, a destruição das dragas foi necessária por não ser possível guardar, transportar ou apreender os equipamentos das embarcações.
O rio Madeira é considerado uma Área de Proteção Ambiental (APP), e não tem a atividade de garimpo permitida no local.
FONTE: G1/RO
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