Eles se amam. Não há dúvidas. Nos olhos deles, a vibração positiva do amor.
O nome dela é Sandra. Ela é uma talentosa pintora. Quando se conecta a natureza, fica inspirada e começa a formular muitas, muitas ideias. Os seus quadros são conhecidos internacionalmente. E ela acredita no amor. O amor que elava o homem. Sim. E o nome dele? O nome dele é Gustavo. Pianista, simpático demais com as crianças, com os idosos, com as pessoas. Silêncio. E então, hoje a pintora vive mais tranquila com o seu companheiro. Antes, sofria ao ver como Lucélia atormentava-o com as suas propostas maliciosas. Lucélia. Uma mulher invejosa, amargurada e sensual também, apesar das maldades. Ela queria ver Sandra acabada, na rua, sem rumo. Sem esperanças. Sem brilho no olhar. Mas não conseguia destruir nem ela, nem a relação dela com Guilherme. As suas amigas diziam para ela para com aquela loucura, mas ela não escutava ninguém e cada dia ficava mais rancorosa e perigosa. Tinha um revólver. Roubara de seu avô paterno e o guardava sentir-se poderosa. Porém, não queria virar uma assassina e ao mesmo tempo era atormentada pelo desejo de ver Sandra e Guilherme, mortos, já que não podia arruinar a vida amorosa deles. E numa noite de domingo, planejou como mataria os dois e acendeu uma vela já que tinha faltado energia na cidade. No dia seguinte, ia invadir a casa dos dois e matá-los sem piedade. Chorava. Chorava muito. Mas era isso o que ela via como solução para não perder o jogo. Deitou-se na cama e em alguns minutos adormeceu. A porta do quarto estava trancada. De repente, a vela caiu nas cortinas longas que davam mais beleza no ambiente e elas começaram a pegar fogo. Lucélia dormia sem perceber nada. Após uns minutos, sentiu o cheiro forte da fumaça, tossiu e abriu os olhos extremamente assustada. Quando se deu conta, viu que ao seu redor tudo estava em chamas. Gritou desesperadamente por ajuda, mas ninguém veio ajudá-la. Ficou em pé na cama com a camisola já pegando fogo. E ela com raiva, ódio. Morreu queimada. Gritando. Gritando. E depois nada se ouviu. Os vizinhos saíram das suas casas por causa das chamas, da fumaça. A casa explodiu e todos se apavoraram.
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AUTOR: ALBERTO AYALA – FONTE: FOLHA RONDONIENSE
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