SEM ‘CHAVE MESTRA’, NÃO DÁ PARA ABRIR LISTA DE 8.667 BRASILEIROS
O comando da CPI do HSBC vai se reunir nas próximas horas com o direção da Polícia Federal para tentar quebrar a “caixa-preta” da lista do SwissLeaks, com os nomes e números das contas secretas de 8.667 brasileiros que tinham entesourado cerca de US$ 7 bilhões numa agência de Genebra do HSBC.
Os dois HD (disco rígido) repassados pela França ao Ministério Público brasileiro e, daí, à CPI, possuem 2 Terabytes de dados, o equivalente a 8 milhões de fotos em JPEG ou 3 mil horas de vídeo.
Mas, os dados chegaram ao Brasil sem a “chave-mestra” que permite o acesso aos dados vazados por Hervé Falciani, o técnico em informática ítalo-argentino que copiou e criptografou a lista secreta do HSBC.
Só para descarregar os dados do HD de Falciani, o Prodasen, setor de informática do Senado, levou mais de 60 horas de processamento.
O que aparece nas telas dos computadores do Ministério Público e da CPI são apenas imagens de pastas e uma sucessão de números intraduzíveis, compostos em Linux, o mais conhecido sistema operacional de software livre, e codificados em LUKS (iniciais de Linux Unified Key Setup), o sistema de criptografia específico que torna os arquivos inacessíveis a estranhos.
A Polícia Federal é o único órgão no País com os computadores e programas de informática exigidos para a quebra de um sistema de códigos tão sofisticado como o do SwissLeaks.
Sem a “chave-mestra” da lista, a CPI conta agora apenas com a expertise da Polícia Federal.
É a última chance de quebra para que a “caixa-preta” não se transforme em um mico nas mãos da CPI da HSBC.
Fonte: DiariodoPoder
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