Irmã de Confúcio vai cuidar de programas em andamento enquanto governo tenta convencer Tomás Correia a cuidar da articulação política; e ainda, governos trabalham para acabar com setor produtivo aumentando impostos e criando dificuldades
Fundo do poço?
Não, pelo jeito ainda falta muito para chegarmos lá, mas caminhamos a passos largos, contando principalmente com a ajuda dos nossos legisladores, que teimam em sacrificar, cada vez mais, o setor produtivo que vem reduzindo a cada dia. Ter uma empresa no Brasil atualmente é um desafio. São taxas, impostos, multas, alvarás e uma “justiça” do trabalho que trata empresário como marginal e não como responsável pelo pagamento dos absurdos salários e gastos da máquina pública, entre ela o próprio judiciário. Ao mesmo tempo, as punições aplicadas as empresas, não são usadas contra o governo.
Em discussão no Congresso
Um projeto de lei que prevê pagamento de multa às empresas que atrasarem pagamento de salários a seus funcionários, estabelecendo uma penalidade equivalente a 5% dos rendimentos dos empregados para a empresa que não depositar os vencimentos até o quinto dia útil do mês, acrescido de 1% por dia de atraso para os trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Imagine como vão ficar as empresas que prestam serviços ao governo de Rondônia, que nunca cumpre seus contratos com fornecedores, mesmo sendo o principal (e as vezes único) cliente dessas empresas.
Em Porto Velho
Diversas obras públicas estão paralisadas por falta de pagamento. Uma delas é a escola Manaus, localizada no bairro Areal. Há mais de quatro meses sem receber, a construtora paralisou as atividades antes que fosse a falência. O mesmo se repete nas demais obras. O serviço público se tornou o maior empregador desse país, mas a máquina pública não gera riqueza, ela consome, e muito, com supersalários, auxílios-moradia, alimentação, licenças-prêmio e outras benesses do serviço público. Um servidor minimamente bem relacionado ingressa na máquina como auxiliar técnico e se aposenta como chefe de repartição, ganhando um alto salário. Já o empregado de uma empresa privada, após 30 anos de trabalho, aposenta com pouco mais de R$ 3 mil.
E para cobrir o rombo
Os governos criam mais impostos, taxas e apertam empresas e empresários. Sobre esses, a Receita Federal olha com lupa as declarações. Já servidores públicos, que tem como única fonte seus salários, passam batido. Muitos ficaram inexplicavelmente, milionários. Mas a Receita não enxerga isso. Há quem duvide, mas tenha certeza, até setembro deste ano a CPMF estará de volta, infernizando a vida de todos nós, que somos obrigados a ingressar no apodrecido, mas altamente rentável, sistema bancário. Outro setor que pode tudo neste país. Os bancos dizem o que, quanto, como e onde você pode gastar seu dinheiro. Limitam saques, pagamentos e vendem dinheiro a um preço que hoje é impagável. São tantos juros sobre juros que eles mesmo se perdem nas contas.
E a CPMF vai passar
Governadores querem, prefeitos precisam e principalmente, a União não terá como se manter se ela não for aprovada. As contas públicas não fecham há tempos, desde que o populismo tomou conta do poder. Só na cabeça desmiolada de Lula, Dilma e sua pataquada seria possível “dividir a riqueza” vivendo em um sistema capitalista. A riqueza é dividida não com doações e bolsas, mas oportunizando trabalho, abertura de novas empresas, geração de emprego e qualificação de mão de obra, coisa que o Brasil não fez. O governo investiu em fábricas de diplomas através de bolsas nas faculdades particulares e ignorou as públicas. Como resultado, temos gente com diploma, mas como qualificação duvidosa.
Em Rondônia
Um breve exemplo de conta que não fecha. Nós, rondonienses, sofremos com os péssimos serviços de telefonia e internet, que são caríssimos. Mas isso tem uma razão, a alta carga tributária paga pelo setor. Rondônia cobra 68,5% de carga tributária sobre os serviços de telefonia e dados, é a mais alta do país. O segundo colocado, Mato Grosso cobra 55,4% e os mais “baixos” AC, ES, PI, RR, SC e SP cobram 40,2%, que é quase o dobro do segundo colocado no ranking mundial, a Argentina, com 26%, considerando 18 países que concentram 55% da população mundial. A Constituição estabelece como teto, 26%. Na média nacional, numa conta mensal de R$ 14,50, o consumidor paga R$ 4,50 só de impostos, valor que é recolhido pelas empresas e repassado integralmente aos Estados. A pergunta é: como uma empresa pode ampliar e melhorar serviços, pagar funcionários e ter lucros com esses encargos?
Fechando
O Brasil precisa mudar, com urgência. O atual modelo é falido e vai continuar nos arrastando para o fundo cada vez mais. O neoliberalismo em sua essência também não funciona, mas é o que mais se adequa ao sistema capitalista. Os Estados Unidos são exemplo disso. Para que exista consumo é preciso ter emprego, oferecer condições. O brasileiro sentiu esse gostinho em passado recente, quando o governo reduziu impostos e passou a ampliar o crédito. Mas o endividamento chegou ao limite porque os salários não aumentaram, o que aumentou foi a oferta de crédito. Para que salários aumentem, é preciso ter dinheiro na praça e isso acontece quando existe emprego. É um círculo que governantes e congressistas ainda não entenderam. Eles continuam enxergando um país de economia quadrada. Nosso poço, pelo jeito, ainda vai afundar muito.
Assumiu
A Superintendência de Desenvolvimento de Rondônia – SUDER, Basílio Leandro que já foi secretário de turismo do governo. Sabe o que isso significa? Absolutamente nada, exceto, claro, no contracheque do novo barnabé chefe. Também assumiu como adjunta da Casa Civil, Zuleica Jacira Aires Moura, irmã do governador Confúcio Moura, mais conhecida como Cira. A função dela, oficialmente, será a de acompanhar programas de governo em andamento, coisa que Emerson Castro deveria fazer mas não faz. Cira, que já mostrou em outras ocasiões que sabe ocupar espaço deve começar a enquadrar Castro que não deve durar muito tempo mais no cargo. O governo agora tenta convencer, de novo, Thomás Correia a assumir a coordenação política da Casa Civil como titular. E ele tá quase aceitando.
Bom senso
Um juiz da Paraíba declarou que política de cotas para negros em concursos públicos é inconstitucional, em uma ação movida por um aprovado em certame que não foi chamado devido ao limite estabelecido pela cota. Citando diversos artigos da Constituição, o magistrado afirmou que, “os critérios para investidura em cargos e empregos públicos decorrem das características do cargo, e não dos candidatos, sendo fundamental o recrutamento dos mais capacitados, independentemente de origem, raça, sexo, cor, idade, religião, orientação sexual ou política, entre outras características pessoais”.
Triste estatística
O Brasil registra mais de 235 mil gestações não planejadas de mulheres jovens por ano. O custo dessa realidade para o país é de mais de R$ 540 milhões anuais, uma média de R$ 2.293,00 por gestação. Do total de partos realizados no Sistema Único de Saúde (SUS), 20% ocorre em meninas com idades entre 10 e 19 anos, sendo que os estados das regiões Norte e Nordeste apresentam um índice superior à média nacional – a taxa é de quase 30% no Pará, por exemplo. Em Rondônia esse índice é de 27,57%, ocupando a 7ª colocação no ranking nacional. De acordo com dados do DATASUS, em 2014, de 14.010 partos, 3.863 foram de meninas entre 10 e 19 anos de idade. Entre outros fatores referentes a gravides na adolescência, temos um que chama a atenção, os filhos de mães adolescentes correm maior risco de abandono, menor adaptação escolar e distúrbios de comportamento. Além disso, cerca de 30% das adolescentes engravidam novamente no primeiro ano pós-parto, e entre 25% e 50%, no segundo ano pós-parto, tornando ainda mais difícil a reintegração da mãe à escola e ao mercado de trabalho.
Clínica Mais Saúde informa – Dieta com poucas fibras pode arruinar flora intestinal por gerações
O hábito de comer alimentos gordurosos e instantâneos, com uma quantidade quase inexistente de fibras, tem tudo para mudar totalmente nosso intestino. Para pior. Um estudo realizado por pesquisadores das escolas de Medicina de três das mais importantes universidades americanas, Stanford, Harvard e Princeton, faz um alerta claro: adotar uma dieta pobre em fibras, característica tão comum em alimentos industrializados, pode eliminar bactérias benéficas da nossa flora intestinal de forma irreversível. Os cientistas constataram, também, que essa maléfica mudança tende a ser transmitida para as gerações futuras. Publicada na revista “Nature”, a pesquisa indica que negligenciar as fibras — presentes em alimentos como feijão, soja, vegetais, frutas e aveia — pode causar uma importante perda da diversidade de espécies de bactérias no intestino, ambiente chamado de microbiota. Quem ingere poucas fibras pode ver exemplares importantes desses micro-organismos desaparecerem em três ou quatro gerações dentro de sua família. E, se isso ocorrer, a pesquisas sugere que haverá dificuldade de restaurar essas bactérias mesmo com o consumo diário de alimentos ricos em fibras.
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