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Líderes debatem medidas para salvar acordo de livre circulação na UE

Crise migratória e ameaça terrorista dominam última cúpula do bloco no ano

RIO — A última cúpula da União Europeia (UE) neste ano vai reunir líderes nesta quinta-feira para discutir, sobretudo, a crise migratória que abalou o continente em 2015 com a chegada de 1,5 milhão de pessoas e a ameaça terrorista. Enquanto o tema traz divergências entre os países do bloco, a Alemanha deverá liderar as negociações com a Turquia para traçar estratégias de assentamento de imigrantes sírios. Os chefes de Estado e de governo tentam encontrar soluções para salvar o acordo de Schengen — zona de livre circulação entre os países membros do bloco.

A proposta da chanceler alemã, Angela Merkel, é que os países do bloco aceitem os refugiados da guerra civil na Síria diretamente da Turquia sob regime voluntário. O objetivo é evitar que os imigrantes se aventurem na perigosa jornada marítima para chegar à Grécia, além de criar um esquema que não gere tanta rejeição entre as nações da Europa em relação às cotas obrigatórias para o acolhimento de refugiados.

“A Europa é uma comunidade de liberdade e sempre proverá abrigo àqueles em perigo”, disse em nota o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

O plano inicial de abrigar mais de centenas de milhares de refugiados já foi reduzido para dezenas de milhares. Até agora, apenas 200 pessoas foram transferidas de um país para outro dentro do bloco — enquanto a meta é que 160 mil refugiados sejam realocados no continente. Para que estes planos avancem, é necessário que a Turquia tome ações concretas no gerenciamento do fluxo ilegal de pessoas pelo mar Egeu.

A cúpula também deverá discutir os planos da Comissão Europeia de criar uma polícia especial para as fronteiras externas do bloco, que será acionada em caso de crise. Outras estratégias ainda deverão ser definidas para reforçar o controle na chegada à zona de livre circulação do continente.

A chegada descontrolada de milhares de imigrantes por dia levou países como a Hungria a fecharem a fronteira e a erguerem um muro para conter a entrada de imigrantes. A medida foi criticada por outros países, que defendem a livre circulação no espaço Schengen.

A luta contra o terrorismo é um tema que também terá destaque na cúpula, num momento em que o continente ainda está em alerta após os atentados que mataram 130 pessoas em Paris. As ações de grupos extremistas como o Estado Islâmico (EI) é um dos principais fatores para a fuga em massa dos imigrantes de seus países.

Outros temas que deverão dominar a cúpula são a integração do Reino Unido, que realizará um referendo em 2017 para avaliar se deixa o bloco, as medidas necessárias para reforçar a união econômica e monetária da União Europeia e a revisão das sanções econômicas impostas à Rússia em 2014.

Fonte: oglobo

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Gomes Oliveira

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