Além disso, deveremos ter pressão das outras commodities
De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de trigo do Brasil está começando a mudar tanto para as matérias-primas, como para as farinhas e farelo. “Deveremos continuar a ter preços altíssimos de matéria-prima, como já estamos tendo, com preços do trigo já começando a subir depois de uma estabilidade em novembro e dezembro”, comenta.
“A estabilidade (no alto) dos preços do trigo, verificada em novembro e dezembro, está terminando. Já não se encontra mais trigo a R$ 1.700 CIF moinhos O trigo ruim foi enxugado pela exportação, sobrando trigo bom e a preços subindo. Com os custos de produção de trigo se igualando aos preços atuais de mercado, não se pode esperar que baixem, muito ao contrário, devem subir muito, porque a disponibilidade de trigo local não passa de março e, depois disto, só trigo importado a preços de mais de dois mil reais a tonelada”, completa.
Além disso, deveremos ter pressão das outras commodities, como as altas da soja e do milho, com as fortes quebras verificadas no Sul do Brasil. “Milho deve chegar a cem reais logo, logo e, com isto, puxar o farelo de trigo, que ajudará um pouco nos custos dos moinhos. Talvez não chegue aos mesmos níveis altos de 2021, mas deve recuperar em relação aos preços de dezembro”, indica.
“Nos dois últimos meses de novembro e dezembro o mercado comprador começou a aceitar aumentos dos preços das farinhas, mas ainda há uma defasagem entre 10% e 15% que precisa ser repassada, além dos novos aumentos dos demais custos (trigo, embalagem, mão-de obra, frete, etc). Mais do que nunca haverá a necessidade de se fazer os cálculos detalhados dos custos, que deverão gerir o negócio dos moinhos”, conclui.
FONTE: AGROLINK
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