O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, está em maus lençóis nesta manhã. Senadores que participam neste momento de audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) com Silva e Luna criticam fortemente a política de preços de combustíveis da Petrobras.
O presidente da Petrobras iniciou sua exposição fazendo um resumo do contexto internacional que afetou o preço do petróleo nos últimos dois anos. Lembrou que a estatal não detém o monopólio do petróleo desde 1997 e que o preço do petróleo no mercado internacional – o chamado PPI, “preço de paridade de importação” – não é a única variável que afeta os valores praticados pela empresa.
Silva e Luna ressaltou que a Petrobras chegou a ficar, sob sua gestão, 92 dias sem reajustar o valor do gás de cozinha, 85 sem reajustar o diesel e 56 sem alterar o preço da gasolina.
“O salário do trabalhador brasileiro não é alterado a cada 90 dias, como o combustível é hoje quase diariamente. É uma brincadeira achar que se está fazendo um grande favor aos brasileiros”, questionou o senador Omar Aziz (PSD-AM).
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) acusou o governo federal de não buscar a redução do preço interno dos combustíveis para atender o interesse dos acionistas no processo de venda de oito refinarias.
“Isso é preguiça e incompetência desse governo”, criticou Jean Paul.
FONTE: AGÊNCIA CMA
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