Na comparação com julho, recuo foi de 0,9%
RIO – As vendas do comércio caíram 0,9% no país em agosto, frente ao mês de julho. Na comparação com agosto de 2014, a queda é de 6,9%. Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) foram divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE. O recuo de 6,9% é o mais alto na comparação anual desde março de 2003, quando foi de 11,4%. É também a pior taxa para o mês de agosto de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2000.
O resultado veio pior que o esperado pelo mercado. Economistas ouvidos pela Bloomberg News esperavam uma taxa média de queda de 0,6% na comparação com julho e de 5,7% frente a agosto de 2014. Apenas em 2015, a queda acumulada do varejo é de 3%. Quando se considera os doze meses encerrados em agosto, o recuo é de 1,5%.
O varejo apresenta taxas negativas desde o mês de fevereiro se considerada a série histórica com ajuste sazonal, ou seja, frente ao mês anterior, ou seja, são sete meses seguidos. Entre fevereiro e agosto, a queda acumulada das vendas chega a 6,4%. Quando se compara com igual mês do ano anterior, a queda se dá desde o mês de abril, por cinco meses consecutivos.
O comércio sente as consequências das incertezas da economia, do aumento da taxa de desemprego no país e da renda menor. Nesse cenário, a confiança do consumidor é reduzida e ele adia compras.
MAIORIA EM QUEDA
Seis dois oito segmentos do varejo pesquisados pelo IBGE tiveram queda em agosto, na comparação com julho. A pior taxa foi de veículos, motos, partes e peças, com recuo de 5,2%, seguida por livros, jornais, revistas e papelaria (-2,6%), material de construção (-2,3%), móveis e eletrodomésticos (-2%), tecidos, vestuário e calçados (-1,7%), combustíveis e lubrificantes (-1,3%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%).
Fonte: oglobo
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