Vendedor afirmou no início de seu depoimento à CPI que Luis Miranda teria procurado sua empresa para compra de vacinas
O representante comercial da empresa Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, voltou atrás depois de afirmar à CPI da Covid nesta quinta-feira (1º) que o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) procurou sua empresa com o objetivo de negociar a compra de vacinas da AstraZeneca/Oxford.
Ele admitiu o erro ao ser questionado pelo senador Alessandro Vieira (Rede-ES). O parlamentar anunciou que o deputado Luis Miranda havia registrado em cartório suas conversas sobre compra de insumos médicos, para rebater a sugestão de Dominguetti de que ele poderia estar envolvido em compras irregulares de vacinas.
“Isso [ao ser perguntado se foi induzido em erro]. Deixa eu falar uma coisa para Vossa Excelência, a minha interpretação da mensagem que foi recebida é assim, ela não muda a contextualização do áudio, a prova, mas a perícia vai provar que eu recebi o áudio do Cristiano e a imagem”, disse o empresário, atribuindo a interpretação à forma que recebeu as mensagens de seu colega na Davati, o representante Cristiano Alberto Carvalho .
Vieira, porém, não aceitou a argumentação e pediu pela prisão do empresário ao presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), por falso testemunho de Dominguetti. O pedido foi negado por Aziz.
“Eu não tenho nenhuma intenção de fazê-lo. Eu imagino suas filhas, seu filho, sua esposa vivendo esse momento. Aquilo que a gente não quer para gente, a gente não deseja para os outros”, rebateu o presidente.
Ao voltar a ser questionado pela prisão de Dominguetti, Aziz afirmou que não via motivos para a medida e apoiou o depoente. “Ele [Dominguetti] foi induzido pelo Cristiano, que mandou um áudio cortado, editado, que ele exibiu aqui”, comentou.
FONTE: R7.COM
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