Vale a pena acreditar no inexistente. “Quando acreditamos apaixonadamente em algo em algo que ainda não existe, nós o criamos. O inexistente é o que não desejamos o suficiente” (Franz Kafka).
GRUPO FRANCÊS VENCE LEILÃO PARA ADMINISTRAR AEROPORTOS DO NORTE
No leilão realizado nesta quarta-feira (7) na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), foram concedidos 22 aeroportos em 12 estados, arrecadando-se R$ 3,3 bilhões em outorgas. A concorrência foi feita pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em três blocos: Norte, Sul e Central. O bloco Norte, onde estavam os aeroportos de Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC), Tabatinga (AM), Tefé (AM) e Boa Vista (RR), com lance mínimo estipulado em 47,9 milhões, foi ganho pelo grupo francês Vinci Airports, pagando R$ 420 milhões, um ágio de 777% sobre o preço mínimo estipulado. Segundo o Ministério da Infraestrutura prevê que os 22 terminais leiloados, por onde circulam 24 milhões de passageiros por ano, recebam a R$ 6,1 bilhões em investimentos. Devem, segundo o ministério, ser investidos R$ 2,85 bilhões no bloco Sul, R$ 1,8 bilhão no Central e R$ 1,4 bilhão no Norte. Os contratos de concessão têm validade de 30 anos.
CUSTO DE PRODUÇÃO DO PEIXE SOBE NA PANDEMIA
A supervalorização das commodities agrícolas está afetando as cadeias produtivas das carnes bovina, de frango, suína e também dos peixes. O farelo de soja, a ração para os peixes de criação, composto basicamente de milho, quase dobrou de preço em um ano. Os criadores dizem que, para não afetar as vendas, nos períodos de maior consumo, como a Semana Santa, procuraram evitar os repasses desta alta de custo para os consumidores, que já estão com o poder de compra reduzido em função da pandemia. Porém, em Rondônia e Roraíma, já é sensível que a situação tende a se tornar um grande problema. A questão é que o custo da ração aumentou muito porque todos os ingredientes são dolarizados, inclusive os combustíveis. O mesmo acontece com a tilápia onde na sua ração o milho, farelo de soja e o premix de micronutrientes são importados. A ração, que corresponde de 65% a 70% do custo de produção quase dobrou de preço. Calcula-se segundo o Peixe Brasil que os custos de produção subiram cerca de 35% em um ano. E, de qualquer forma, algum repasse teve, de vez que com o aumento do custo de ração, teve aumento da energia, combustível e matérias-primas de embalagens, entre outras coisas. Não é animadora a perspectiva porque, com o fechamento dos restaurantes, as vendas caíram.
CRÉDITO RURAL TEM CRESCIMENTO DE 22% EM NOVE MESES
O Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021 revela que o valor das contratações de crédito rural alcançou R$ 169,44 bilhões entre julho de 2020 e março de 2021, um aumento de 22% em relação à igual período da safra anterior. Deste valor, R$ 90,77 bilhões foram para custeio (aumento de 18%), R$ 53,39 bilhões para investimento (+43%), R$ 15,51 bilhões para comercialização (-3%) e R$ 9,77 bilhões para industrialização (+7%). As contratações de crédito rural feitas pelo conjunto dos pequenos e médios produtores, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp) somaram R$ 47,1 bilhões, distribuídos em 1.311.710 operações. Este foi o maior volume de recursos já observado em igual período de safras anteriores. No total contratado, nos dois programas, houve um aumento de 11,2%, sendo 17% no Pronaf, e 5% no Pronamp.
INDÚSTRIA DE CARROS DURAMENTE ATINGIDA PELAS MEDIDAS RESTRITIVAS
Com queda da demanda e falta de componentes para a fabricação de carros novos, além das medidas restritivas do coronavírus implicaram no fechamento total, ou parcial, de 13 entre as 23 montadoras de automóveis no Brasil, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). São 29 fábricas paradas, num conjunto de 58. Segundo o diretor comercial da Automaia Veículos e diretor de marketing e planejamento da Associação dos Revendedores de Veículos no Estado de Minas Gerais (Assovemg), Flávio Maia, em 19 de março, a Volkswagen anunciou a paralisação da produção, alegando a preservação da saúde de empregados e familiares. Na sequência, Volvo e GM, também divulgaram redução na fabricação nacional de carros, e atribuíram a decisão à falta de peças, principalmente semicondutores e chips. Em março pararam: Mercedes, Renault, Scania, Toyota, Volkswagen, Volkswagen Caminhões e Ônibus, BMW, Agrale, Honda, Jaguar, Nissan, GM e Volvo. A perspectiva entre as montadoras, até então, é de voltar nesse mês para até o final de maio. Com esta interrupção na produção, algumas montadoras estão pedindo de 90 a 150 dias para a entrega de alguns modelos. E apontam como os motivos principais: escassez de peças e problemas de fornecimento, essencialmente de semicondutores e chips, além da pandemia
AUTOR: SÍLVIO PERSIVO – COLUNA TEIA DIGITAL
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