A exceção, é evidente, trata-se do Brasil. “A tendência perpétua da raça humana de aumentar a produção além dos meios de subsistência é uma das leis gerais do movimento da natureza, que não podemos ter nenhuma razão para esperar que mude” (Thomas Robert Malthus).
INFRA WEEK INCLUI AEROPORTO DA CAPITAL
A partir do dia 7 de abril o Ministério da Infraestrutura prevê a geração de mais de 200 mil empregos, de forma direta e indireta, ao longo dos contratos de arrendamento e concessões. De acordo com o secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, o resultado do leilão de 22 aeroportos pode representar mais de R$ 6,1 bilhões em investimentos. A sessão será realizada nesta quarta e envolve projetos de longo prazo, com concessões de até 30 anos e inclui entre eles a operação do Aeroporto Jorge Teixeira de Oliveira, o aeroporto de nossa capital, Porto Velho. Na quinta, será a vez do leilão da Fiol 1, primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, entre Ilhéus e Caetité, na Bahia. A concessão do trecho de 537 quilômetros deve garantir R$ 3,3 bilhões de investimentos, sendo R$ 1,6 bilhão para a conclusão das obras. O prazo é de 35 anos. E na sexta, haverá o arrendamento de cinco terminais portuários: quatro no Porto de Itaqui, no Maranhão, e um no Porto de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Estão previstos mais de R$ 600 milhões em melhorias nestes locais.
EMPRESARIADO COMEÇA A ESPERNEAR CONTRA MEDIDAS RESTRITIVAS
Embora as forças produtivas de Rondônia, na sua grande maioria, tenham se posicionado sempre em apoio ao governo e, muitas vezes, estado na linha de frente para colaborar com as necessidades, inclusive de materiais para combater a pandemia, os sinais de impaciência se multiplicam. A Associação Comercial de Rondônia-ACR, por exemplo, pede abertamente que se mude a política de combate ao covid-19 centrada, como tem sido, somente na saúde sem considerar os efeitos nocivos sobre a economia. Outros setores também estão dando sinais de se movimentar. Os problemas de sobrevivência das empresas e das pessoas se agravam. E não é uma questão apenas de prorrogar impostos, de vez que não se tem mais é como suportar os custos fixos das empresas e as pessoas estão ficando sem emprego e renda. É uma questão de urgência para muitos que não podem sequer esperar auxílio emergencial.
OU MORRE DE FOME OU MORRE DE COVID-19
Não se pode tratar a questão do Covid-19 apenas pelo aspecto da saúde. É insensato. Isto é o que mostra o levantamento “A Favela e a Fome”, do Instituto Locomotiva em parceria com a Central Única de Favelas (Cufa), feito com moradores das 76 comunidades pesquisadas que, no momento, fazem 1,9 refeições diárias em média. O que significa dizer que apenas uma delas (café da manhã, almoço ou jantar) é feita pelos moradores dessas localidades, sendo as crianças as que geralmente recebem um eventual segundo prato de comida. “Ou morre de fome ou de Covid-19”. Esta a dualidade dramática vivida por cada vez mais gente no Brasil. Como é frequente na história do país, são as classes mais vulneráveis as que têm sofrido com a crise social agravada pela pandemia do novo coronavírus. Para Adriana Salay Leme, especialista que estuda história do Brasil e temas sobre a fome e hábitos alimentares, é difícil, pela falta de dados, estimar se a pandemia já causa a pior crise da história do país neste aspecto., porém, garante que o cenário atual é grave: “Existe uma fome estrutural que se acentua num momento de crise. Famílias que não estavam em lugar de risco acabam alçadas a esse posto por perderem sua capacidade aquisitiva”, afirmou Adriana ao Yahoo! Notícias.
FALÊNCIA DE MICROS E PEQUENAS IMPACTA FORTE NO DESEMPREGO
Em todo o mundo são as micros, pequenas e médias empresas, predominantes em muitos setores de contato intensivo, como hotéis, restaurantes e entretenimento, as maiores vítimas da pandemia. O resultado imediato disto é que, mesmo nas economias avançadas, se corre o risco de uma onda de liquidações que pode destruir milhões de empregos, prejudicar o sistema financeiro e enfraquecer uma recuperação econômica já frágil, alertam os pesquisadores do Fundo Monetário Internacional (FMI) Federico J. Díez, Romain Duval, Chiara Maggi e Nicola Pierri, em artigo. Segundo eles, a pandemia elevará a participação de pequenas e médias empresas insolventes de 10% para 16% em 2021 em 20 economias na Europa e na região da Ásia-Pacífico. Para comparar, o efeito terá magnitude semelhante ao aumento das liquidações nos 5 anos após a crise financeira global de 2008, mas ocorreria em um período muito mais curto. Agora imagine no Brasil onde faz um ano se abre e fecha a economia sem nenhuma atenção para as consequências.
FECHADO ACORDO SOBRE O ORÇAMENTO DE 2021
Segundo foi divulgado o Congresso Nacional e a área econômica do governo chegaram a um acordo sobre o Orçamento deste ano, segundo a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda. Ela disse ao jornal O Globo que o “acordo político foi fechado”, mas, que o valor exato do corte ainda será definido. No sábado, houve conversas dos integrantes da equipe econômica com Flávia Arruda, os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, e o relator do Orçamento, Márcio Bittar. O presidente Jair Bolsonaro deixou para depois do feriado de Páscoa o desfecho do assunto. A data limite para aprovar ou vetar o documento é 22 de abril.
AUTOR: SILVIO PERSIVO – COLUNA TEIA DIGITAL
- A opinião dos colunistas colaboradores não reflete necessariamente a posição da Folha Rondoniense
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