Dancemos, pois. “A vida é dançar conforme o caos” (Z. Magiezi).
RONDÔNIA JÁ TEM CONDIÇÕES DE VACINAR TODOS OS IDOSOS COM MAIS DE 70 ANOS
Segundo a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), o Governo do Estado de Rondônia recebeu na quinta-feira (1º), na Central Estadual de Rede de Frio, em Porto Velho, mais uma remessa de vacinas contra a Covid-19, com 51.400 doses. Foram enviados dois lotes, sendo um contendo 46.400 doses da CoronaVac e um outro com 5 mil doses da AstraZeneca. A nova remessa será destinada à vacinação do público alvo definidos no Plano Nacional de Operacionalização – PNO, desta vez os imunizantes serão destinados ao público alvo da seguinte forma: segunda dose, para os trabalhadores da saúde, pessoas de 75 a 79 anos, pessoas de 70 a 74 anos; primeira dose para pessoas de 65 a 69 anos; e, agora, parte dos profissionais da força de segurança e salvamento, e Forças Armadas. O diretor executivo da Agevisa, Edilson Batista afirmou que com a chegada da remessa, o Governo de Rondônia passa a alcançar, de acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI), 100% da população de 70 anos acima, de doses distribuídas. Ele reforçou ainda a importância da inserção dos dados de vacinação no sistema Portal Covid, por parte das prefeituras com intuito de promover e garantir a transparência.
A VIA CRUCIS DE BARES, RESTAURANTES, BANHOS E BALNEÁRIOS
Nem mesmo a pequena concessão feita ao setor pelo novo decreto do governo estadual anima sequer um pouco o segmento de bares e restaurantes de Rondônia. A análise dos empresários é a de que, especialmente em virtude da proibição da venda de bebidas e o fechamento nos fins de semana ainda que com permissão de 30% de taxa de ocupação, nada deve ajudar os estabelecimentos ainda mais os vocacionados para a noite, a aumentarem o seu volume de negócios. Não apenas isto. Muitos se queixam de que, com os custos inerentes ao atendimento dos protocolos anti-covid, a redução da capacidade de atendimento a 30% torna economicamente inviável a abertura porque aumentaram muito os custos fixos em comparação à queda de receitas. Pior ainda que o segmento convive com o fantasma de ter que manter sua equipe sem condições de planejar qualquer futuro, inclusive porque mesmo com a possível abertura a previsão é de que a clientela só retorne pouco a pouco ainda com medo do vírus. Situação tão ruim, ou pior, somente a dos donos de banhos e balneários, que não conseguem nem funcionar.
O MAIOR MEDO DO BRASILEIRO É NÃO CONSEGUIR PROVER A SOBREVIVÊNCIA
Uma pesquisa da fintech Acordo Certo revela que 69% dos brasileiros possuem alguma dívida, das quais 60% devido à pandemia. E que as preocupações se dividem entre o medo de não prover o necessário à sobrevivência (35%), não pagar as dívidas (34%) e ficar negativado (34%). As dívidas têm impactado fortemente na saúde mental e emocional dos brasileiros, 7 em cada 10 pessoas relatam que tiveram ou ainda tem alterações de humor (72%) ou sono (71%), além de ansiedade (67%) e baixa produtividade nas tarefas do dia a dia (62%). No que tange à Pesquisa de Hábitos de Consumo das Classes C e D da Superdigital, fintech do Santander, mostra que os brasileiros das classes C e D gastaram em fevereiro 28% a menos que em janeiro. Os dados por região apontam que o maior recuo foi no Sudeste do País, com queda de 31%, seguido por Nordeste e Centro-Oeste, onde a diminuição do consumo foi de 25%, Norte (-21%) e Sul (-10%). As maiores variações registradas entre fevereiro e janeiro foram dos prestadores de serviços (-50%), serviços (-45%) e lojas de artigos diversos (-33%). O único setor em que houve um aumento de gastos foi combustível, com uma variação positiva de 7%. Em fevereiro, 33% do consumo foi realizado em supermercados, 3% a mais que em janeiro, seguido por restaurantes (12%), lojas de artigos diversos (11%) e serviços (9%). Houve também muito esforço para utilizar os meios digitais e o porta a porta que aumentou 5,5% no número de novos revendedores. Nesta área, aliás, a criatividade anda se exercendo. Em Porto Velho, por exemplo, um empreendedor saiu com um caminhão oferecendo a troca de lixeiras velhas por uma nova. Detalhe: a domicílio e com a facilidade de ser facilitado em quatro prestações.
LEILÃO DOS AEROPORTOS TESTA INTERESSE POR INVESTIMENTO NO BRASIL NUM CENÁRIO COMPLICADO
Com entrega de propostas marcada para a última quinta-feira e abertura dos envelopes no dia 7, o leilão de 22 aeroportos federais vai testar a atratividade do setor num momento de crise sem precedentes na aviação e incertezas quanto à recuperação da demanda de passageiros. Mas, o governo vê risco baixo de “vazio” em qualquer um dos três blocos oferecidos, ou seja, da falta de interessados. No mercado, a aposta é na presença de pelo menos quatro ou cinco grupos de peso, incluindo estreantes em operações aeroportuárias no Brasil, como o fundo Pátria Investimentos e a francesa Aéroports de Paris (ADP). Mesmo assim, para manter o interesse dos investidores, a outorga mínima foi reduzida para abaixo de metade dos valores propostos inicialmente, já captando parte dos efeitos negativos da pandemia sobre o fluxo de passageiros previsto nas concessões. Um consenso, entretanto, é que os ágios devem ficar longe dos registrados no último leilão – média de 986%- porque é evidente os estragos causados pela pandemia do coronavírus em todos os setores econômicos.
AUTOR: SILVIO PERSIVO – COLUNA TEIA DIGITAL
- A opinião dos colunistas colaboradores não reflete necessariamente a posição da Folha Rondoniense
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