Deputado Reginaldo Lopes explicou as razões que levaram à criação da Comissão Parlamentar de Inquérito
A Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Federal que apura as causas, razões, consequências, custos sociais e econômicos da violência, morte e desaparecimento de jovens negros e pobres no Brasil, veio a Rondônia ouvir e tomar depoimentos de vítimas da violência. Foi o que declarou o presidente da CPI, deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG).
Ao abrir o evento no plenário da Assembleia Legislativa, Reginaldo informou que a Comissão Parlamentar foi instalada em 26 de março deste ano. Explicou as razões que levaram a criação da CPI. De forma direta, disse que os membros da comissão já visitou vários Estados e, agora, chegam a Rondônia com objetivo concreto. Depois, seguirá para outros Estados. “Quero aqui agradecer a Maurão de Carvalho (PP), presidente da Assembleia Legislativa, pelo acolhimento da CPI”, destacou.
O deputado Reginaldo Lopes disse que pediu aos membros da Assembleia a
criação de uma CPI em Rondônia para debater o mesmo tema. “É um ato político importante. Precisamos transformar este ato no enfrentamento do problema”, citou.Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prometeu transformar essa questão em PEC para o devido enfrentamento de homicídios. “Estamos preocupados com taxas de homicídios, que está em dois dígitos, e queremos baixar para um dígito. Em 30 anos, se matou no Brasil uma população do Uruguai”, observou.
Reginaldo comentou ainda sobre o plano nacional para baixar a criminalidade. Informou que, na segunda etapa da CPI, voltará aos Estados para debater o tema novamente. Agradeceu à deputada federal Mariana Carvalho (PSDB-RO) por haver trazido para Rondônia a Comissão Parlamentar de Inquérito para tomar depoimentos.
Presidente do PSDB Mulher cobra ações efetivas
A presidente do PSDB Mulher de Porto Velho, Maíres de Carli, durante audiência pública sobre a CPI da Violência Contra Jovens, Negros e Pobres, na Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (6), disse esperar que o debate não vire apenas projetos em papel.
Segundo a presidente, os problemas não estão nos índices de violência e sim nos projetos que não são executados, nos recursos destinados a ações que nunca saem do papel e não se concretizam.
“Trabalhamos com mulheres vítimas de violência doméstica, meninas vítimas de estupro. O que esperamos é que os projetos que já existem de fato aconteçam, não precisamos de mais papel, precisamos de ações efetivas, a população precisa de resultados, não de índices”, disse.
Ainda de acordo com Maíres de Carli, muitos projetos já aprovados poderiam sanar parcialmente os problemas ocasionados pela violência.
Segundo ela, trabalhar com a infraestrutura das escolas ajudaria a reduzir o envolvimento de crianças com o crime.
“Hoje em dia nossas crianças fogem das escolas porque não existe incentivo para mantê-las lá”, declarou a presidente, que afirmou serem necessário projetos na área do esporte que incentivem alunos ao atletismo para representar Rondônia no cenário nacional.
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