A sustentação dos desejos. “Há tantas coisas na vida mais importantes que o dinheiro. Mas, custam tanto” (Groucho Marx).
A DESINFORMAÇÃO NA PANDEMIA É IMENSA
A politização da pandemia é tão devastadora quanto a própria. Agora mesmo, quando deviam aplaudir, muitos criticam a postura corretíssima do Governo de Rondônia ao liberar as aulas presenciais nas escolas particulares, o que, aliás, deveria acontecer também com as escolas oficiais. Apesar da propaganda desvairada que se faz do vírus e do aparecimento de uma nova cepa, para sermos científicos, é preciso observar que a proporção de mortes na parcela mais jovem da população se mantém. Anotem: vítimas com menos de 30 anos correspondiam a 2% das mortes até maio de 2020, mas, em 23 de janeiro deste ano, dado mais recente do Ministério da Saúde, é que este percentual caiu para 1,8%. A maior incidência de morte entre os idosos não significa que a população jovem não possui risco, é verdade, mas, já se observou que a transmissão é diminuta entre as crianças e os dados oficiais só indicam que 3.450 pessoas com menos de 30 anos morreram em decorrência do coronavírus. Em compensação os custos sociais e econômicos da paralisação das atividades educacionais é imenso num país que necessita, para se modernizar, aumentar drasticamente sua escolaridade.
UM DISCURSO BEM CONECTADO
O novo presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Alex Redano (Republicanos), fez um discurso que, para muitos, soou como música. Não foi apenas por ressaltar que “o momento é do diálogo e da empatia”, mas, também por acentuar que a comunicação mais rápida deu voz aos cidadãos e que, por conta disto, “nos conecta mais e mais à realidade das pessoas”. Mais o que mais pesou foi Redano afirmar que a pandemia impõe mudança de comportamento e “nos desafia à retomada da nossa economia, à segurança dos empregos e a fé de nossas famílias por dias melhores” complementando que “o cenário atual, mais do que nunca, pede dos Poderes mais humanidade, mais aproximação da população, para que possamos conhecer os seus anseios, necessidades e, sobretudo, agir para amenizar as suas dores”. E as dores, hoje, são as mortes dos CNPJs, dos empregos e a queda da renda com as restrições das atividades. Além de se colocar como um interlocutor para o diálogo, o discurso vem ao encontro da população que anda cansada de ser obrigada a um toque de recolher que não respeita seus direitos individuais.
EMPREENDEDORISMO FORÇADO
Com a pandemia, em 2020, muitas pessoas perderam seus empregos. E, por conta disto, aumentou o que denominamos de “empreendedorismo forçado”, ou seja, as pessoas abrem novos negócios por necessidade, por questão de sobrevivência. Segundo divulgado pela Agência Brasil, a partir de dados oficiais, entre fevereiro e setembro, foram abertas 1,15 milhões de novas empresas, um crescimento de 14,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Para uma significativa parte das famílias brasileiras, sem acesso a empregos, ter o próprio negócio passou a ser sua fonte de renda, mas nem sempre isto foi feito de forma planejada, de modo que a mortalidade, daí derivada será alta para os que não conseguirem organizar melhor esta nova situação neste ano. Não é fácil porque, inclusive, muitos governadores e prefeitos continuam insensíveis as necessidades de manter a economia em funcionamento. Porém, o preço deste comportamento está ficando mais alto na medida em que aumentam o número de fechamento de empresas e de vagas de emprego.
SE FOR EMPREENDER FAÇA UM PLANO DE NEGÓCIOS
Como, para muitas pessoas, ainda este ano a única via para aumentar a renda será mesmo ter um negócio como fonte de renda, então, será preciso descobrir um nicho para explorar este caminho. Sempre aconselho que, antes de começar uma micro ou pequena empresa, o novo empresário faça um dos cursos on-line do SEBRAE, que oferta, de forma gratuita, cursos para quem inicia um negócio e ensina a fazer um plano de negócios o que é uma providência indispensável para se ter sucesso. Muitas pessoas, por necessidade, não fazem isto, porém, aumentam suas possibilidades de não dar certo. Fazer um plano de negócios, que, nada mais, que calcular o investimento necessário, antecipar problemas, ver qual seu público alvo, a necessidade de caixa e fazer a projeção das receitas e despesas é uma forma de buscar aumentar suas chances de sucesso.
OPORTUNIDADES PARA O EMPREENDEDORISMO
Também é indispensável ao empreendedor buscar um mercado em expansão neste sentido deve-se acompanhar que tipos de negócios estão em alta ou, como muitos fazem para diminuir seus riscos, e não possui experiência, um bom caminho é a franquia. A franquia oferece todo o suporte e orientação de uma marca já conhecida no mercado. E há muitas franquias que exigem um investimento inicial pequeno. Outra tendência que aumentou muito de importância foi dos negócios digitais, a internet e suas oportunidades de negócio. Assim como a preocupação com a saúde abriu espaços no mercado para empresas que produzam comidas saudáveis, ou veganas, prontas para consumo. Outro espaço aberto é o de empreendedor esportivo, falta oferta de aulas ou de orientações de nutricionista, fisioterapeuta, nutróloga, ortopedista e afins. Um nicho mais sofisticas é o das startups e fintechs, pela inovação que trazem. Há grandes oportunidades para quem consegue criar aplicativos para as empresas ou buscar produzir um que seja inovador em termos de consumo. Com a onda do minimalismo, até mesmo por conta da pandemia, crescem os brechós on-line, que permitem o reaproveitamento de roupas com preços mais acessíveis. Muitos até começam vendendo, incialmente, as suas roupas, mas, para crescer será preciso investir na compra de outras peças para revenda.
AUTOR: SILVIO PERSIVO – COLUNA TEIA DIGITAL
- A opinião dos colunistas colaboradores não reflete necessariamente a opinião da Folha Rondoniense
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