O empate fora de casa contra o campeão da Libertadores poderia ser um resultado a se comemorar para os botafoguenses. Mas o primeiro ponto conquistado após seis derrotas seguidas (e quarto em 15 rodadas) acaba não fazendo muita diferença. O 1 a 1 com o Palmeiras não muda as contas para o rebaixamento. A tão anunciada queda deixou de ser um fantasma e pode se concretizar na próxima rodada.
Somente uma vitória sobre o Sport, sexta, no Nilton Santos, adia o rebaixamento. Com 24 pontos, o Botafogo está a 11 do Fortaleza, que abre o Z-4. E agora restam apenas 15 a serem disputados.
Mesmo com a compreensível falta de foco de quem está a menos de 24 horas da viagem ao Qatar para a disputa do Mundial de Clubes, aplicação tática não faltou aos palmeirenses em boa parte do jogo. Sem a bola, a equipe de Abel Ferreira alternou marcações adiantadas com as mais recuadas. Nos dois casos, conseguiram atrapalhar os planos dos botafoguenses, que tentavam trocar passes e valorizar a posse de bola. Ora os alvinegros tinham muita dificulldade para sair, ora paravam na compactação das linhas adversárias próxima à area do goleiro Weverton.
Os pameirenses não se incomodavam de deixar o Botafogo equilibrar a posse de bola. Principalmente porque o adversário não conseguia ter agressividade. Mais uma vez, as melhores chances do campeão da Libertadores saíram de contra-ataques velozes, liderados por Lucas Lima, Gustavo Scarpa, Breno Lopes e Willian. Mas o quarteto pecou demais nas conclusões (vide o gol perdido por Willian cara a cara com Diego Cavalieri, aos 38), e o time precisou da bola parada para abrir o placar. Aos 15, Emerson Santos aproveitou cobrança de escanteio para abrir o placar, de cabeça.
O gol alviverde, por sinal, resumiu o maior pecado do Botafogo na tarde desta terça: a marcaçao. No lance em questão, por exemplo, Emerson Santos sobe sozinho dentro da área para marcar contra o ex-clube.
Não que, com a bola nos pés, o Botafogo tenha sido muito melhor. O time insistiu demais em jogar pelo centro, o que facilitou a defesa paulista. O gol de empate, aos 14 da etapa final, não saiu de uma boa jogada coletiva. Mas, sim, de dois méritos individuais. Primeiro de Matheus Nascimento (dono de uma boa atuação no Allianz Parque), que roubou a bola de Lucas Lima no meio do campo. Depois, de Rafael Navarro, que recebeu do garoto e finalizou com muita categoria de fora da área, sem chances para Weverton.
Como já era de se esperar, o Palmeiras relaxou na reta final da partida. Mais interessados no Brasileiro, os alvinegros insistiram até o fim. E passaram a explorar mais os avanços pelas pontas. Mas rondaram a área dos paulistas sem levar muito perigo. E desperdiçaram a chance de conseguir uma virada que poderia servir como uma última injeção de ânimo na luta cada vez mais inglória contra o rebaixamento.
FONTE: EXTRA
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