O pescado é considerado estratégico para a segurança alimentar e para uma alimentação saudável. Mesmo com grande potencial para a atividade, atualmente, o Brasil ocupa os últimos lugares no ranking de consumo de pescado no mundo. O país importa cerca de 30% do pescado que consome.
Um projeto a ser desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP), em co-execução com o Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, busca mudar essa realidade, focando na necessidade do consumidor.
O Pescado para a Saúde vai contar com R$ 23,8 milhões em cinco anos vindos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), universidades e instituições governamentais do Brasil e do exterior além de empresas privadas do Brasil, Estados Unidos, Holanda, Dinamarca e França.
A pesquisa aposta no alto valor nutricional do pescado que pode ser uma importante ferramenta contra a obesidade no país. “Cerca de 50% da população adulta brasileira está acima do peso e 15% é tida como obesa. Em São Paulo, 45% das crianças e adolescentes estão com sobrepeso ou obesidade infantil”, aponta o professor da USP, Daniel Lemos, líder do projeto.
Os pesquisadores buscam promover melhorias na cadeia do pescado por meio da análise de mercado, análise nutricional e contaminantes e a contribuição atual para o suprimento de nutrientes, análise nutricional de duas espécies da aquicultura e de rações e o aprimoramento do perfil nutricional das espécies por meio do uso de dietas dos peixes e de técnicas de processamento, podendo trazer maior acesso ao pescado pelo mercado consumidor.
A pesquisa também deve tocar em marcadores genéticos e estudos de ampla associação de genomas relacionados a produtividade e qualidade nutricional e investir na comunicação quanto aos benefícios do consumo desses alimentos.
De acordo com Lemos, o projeto tem potencial para transformar a produção e o consumo de pescado no Estado e em todo país. “Queremos seguir o que foi feito com o frango, que no passado era um alimento caro e hoje é acessível e muito consumido no Brasil, que é inclusive um grande exportador desse tipo de carne”, afirma o pesquisador.
FONTE: AGROLINK COM INFORMAÇÕES PEIXE TUDO DE BOM – PEIXE BR
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