A pandemia associada aos efeitos da Peste Suína Africana pelo mundo, impulsionaram a suinocultura brasileira em 2020. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) o ano deve fechar com crescimento entre 4 e 6,5%, somando 4,25 milhões de toneladas produzidas ante as 3,9 milhões de toneladas produzidas em 2019.
Essas 300 mil toneladas a mais foram voltadas para a exportação. O consumo interno se manteve estável e o consumo por pessoa também não teve grandes variações, com média de 15,3 kg/habitante/ano.
O fator mais importante para o setor neste ano foram as fortes elevações de vendas para o mercado asiático, incluindo mercados como China, Hong Kong, Vietnã e Cingapura.
O ano de 2020 trouxe severos desafios para todo o setor produtivo como a paralisação de frigoríficos e da economia. As medidas restritivas e fechamento de restaurantes e bares, determinaram uma queda drástica na procura pela carne suína, sendo que muitas granjas tiveram que reter animais ou vender por preço muito abaixo do custo.
Segundo análise de Marcelo Lopes, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), aos poucos a demanda foi retornando à normalidade e, a partir de junho, as margens se tornaram positivas, não somente pelo mercado interno, mas também pelas exportações em volumes recorde. A recuperação veio no segundo semestre.
Outro grande desafio foi o preço dos insumos como milho e farelo de soja, que tiveram elevação acima de 100%. Como a alimentação responde por cerca de 40% do custo de produção do suíno, a entidade estima que os custos de produção se elevaram em mais de 60%, impactando os lucros ao suinocultor. A pedido da ABPA a TEC de importação de milho e soja de fora do Mercosul foi suspensa e as entidades trabalham junto ao governo federal para melhorar o cenário em 2021.
FONTE: AGROLINK
Add Comment