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Um quarto das riquezas brasileiras está concentrada em oito cidades

Número de municípios que dominam a produção de bens e serviços no Brasil dobrou entre 2002 e 2018, afirma IBGE

Lar de 14,7% dos habitantes do Brasil, os oito maiores municípios do País respondiam por quase um quarto (24,8%) de toda produção de bens e serviços nacionais em 2018. A concentração é situada nas cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Manaus (AM), Porto Alegre (RS) e Osasco (SP).

Os dados, divulgados nesta quarta-feira (15), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontam para uma maior distribuição das riquezas nacionais. Em 2002, 25% do PIB (Produto Interno Bruto) estava concentrado em apenas quatro cidades.

De acordo com o Estudo, somente São Paulo responde por cerca de 10,2% da produção brasileira e é seguido pelo Rio de Janeiro (5,2%) e Brasília (3,6%). As demais cidades registraram PIBs que representam entre 1,1% e 1,3% de toda a riqueza nacional.

O levantamento mostra ainda que os 1.346 municípios de menores riquezas respondem por apenas 1% do PIB nacional e por 3,1% da população brasileira. As cidades com as menores produções de riquezas estão situadas no Piauí (156), Paraíba (134), Rio Grande do Norte (79) e Tocantins (69), representavam cerca de 50% das municipalidades de seus respectivos Estados.

Na análise das grandes regiões brasileiras, a pesquisa mostra para o mesmo padrão de concentração das maiores parcelas do PIB em poucos municípios. Na comparação entre 2002 e 2018, o número de cidades que somavam até 50% da economia foi ampliado no Norte (de seis para nove), no Sudeste (de 13 para 18), no Sul (de 31 para 35) e no Centro-Oeste (de um para três).

Os dados confirmam ainda que os municípios mais urbanos tendem a apresentar maior participação dos serviços e da indústria em seus respectivos PIBs. Por outro lado, as áreas rurais têm a agropecuária como o setor importante para as economias locais.

Densidade econômica

A pesquisa do IBGE avalia ainda que a densidade econômica no território brasileiro, em 2018, foi R$ 824 mil por km², resultado impulsionado pelas concentrações urbanas, onde o valor é 10 vezes maior, de R$ 8.673 mil por km².

Todos os seis municípios que apresentaram a maior densidade econômica do Brasil situavam-se na Grade São Paulo (SP), com destaque para a cidade de Osasco (SP), com mais de R$ 1,1 bilhão por km². Na Amazônia Legal, região com extensas áreas de baixa ocupação, esse valor situou-se em apenas R$ 122 mil por km².

Selvíria (MS), ocupando a terceira posição, e Vitória do Xingu (PA), a sétima, constam nessa relação graças à geração de energia hidrelétrica. Na quarta posição,
São Gonçalo do Rio Abaixo (MG) foi a única municipalidade que tem a extração de minério de ferro como a sua principal atividade entre os 10 maiores PIBs per capita de 2018.

FONTE: R7.COM

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