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Estimativa de Inflação volta a subir – Por Sílvio Persivo

Não pense que será sem esforço. “As pessoas dizem frequentemente que a motivação não dura. Bem, nem o banho e é por isso que ele é recomendado diariamente” (Zig Ziglar). 

O ABRE E FECHA VOLTOU 

Novamente, sob o pretexto de proteger a saúde, o Governo do Estado de Rondônia publicou um novo decreto n° 25.605, de 3 de dezembro de 2020,  que altera e acrescenta alguns dispositivos ao Sistema de Distanciamento Social controlado. O decreto já entrou em vigor nesta segunda-feira (7), por meio da Casa Civil. É um retrocesso. A nova redação altera, para pior, as regras para os municípios que estiverem na 3ª fase, pois, coloca regras que, aparentemente, facilitam a vida das empresas, mas, voltam a afetar de forma muito forte o funcionamento normal do comércio. O setor de bares e restaurantes, principalmente, os mais atingidos, agora, recebem um golpe mortal ao não poderem nem mais, em especial os que tem shows, utilizar-se da modalidade de serviços de eventos para funcionarem. Shows, aliás, com as novas disposições ficaram inviáveis na medida em que tendem a dar prejuízo certo.  A nova redação também reforçou ainda  o caráter punitivo e repressivo das medidas ao acrescentar que o descumprimento poderá incidir em medidas administrativas como a apreensão, interdição, cassação de alvará e o emprego de força policial, bem como da responsabilização penal, por crime contra a saúde pública, tipificado no art. 268 do Código Penal. E todas as pessoas físicas e jurídicas que descumprirem as medidas de saúde estabelecidas neste Decreto ficam passíveis de penalidades dispostas na Lei n° 4.788, de 4 de junho de 2020 e no Decreto n° 25.130, de 10 de junho de 2020, sem prejuízo de responsabilização penal, civil e administrativa. Direito de ir e vir, liberdade de comércio e liberdade individual são seriamente atingidas pela nova redação. A pergunta que fica é: quem sustenta a vida dos que vivem do seu negócio? Quem paga os prejuízos dos que ficarão sem renda? 

QUAL O OBJETIVO DE NOVAS RESTRIÇÕES? 

O que se reclama dessas medidas restritivas? Não é somente a questão de que são um abuso contra os direitos da cidadania, mas, também que, aplicadas por questões de saúde, não há comprovação nenhuma de que funcionem. O que se observa, nas comparações internacionais, é que os índices entre os países de incidência do vírus é, mais ou menos, igual e que, ao contrário do que pregam, sua disseminação é até maior depois dos chamados lockdowns. Bem, aqui dizem que não se faz lockdown, mas, na prática, tivemos mais de cem dias de atividades econômicas completamente paradas e, agora, quando os negócios começam a respirar um pouco, novamente voltam as restrições. E, logo depois, das eleições. Nas eleições deixaram tudo aberto por que? Vírus respeita período eleitoral? Já cansamos de tantos decretos com orientações e recomendações que só importam em prejuízos no bolso do contribuinte. Agora, pelo jeito, nem mais é orientação ou recomendação, é determinação mesmo. Dizem que é uma quarentena mais restritiva, porém, preocupação com leitos não existem mais tanto que fecharam hospitais de campanha. E, se aceitarmos as alegações do pessoal da saúde, que desfilou com caixão pelo CPA, o governo não tem mesmo como atender nem com pessoal nem com medicamentos. Então qual o sentido de acrescentar mais problemas econômicos aos problemas de saúde? 

A pergunta que fica é: para que vai servir as novas restrições? Uma coisa é certa vai quebrar mais empresas, diminuir a renda e os empregos. Loucura é pensar que as pessoas, agora, depois de um ano em que ficaram sem encontros e sem sair irão ficar, no final do ano, sem reuniões de confraternização e congraçamento. É um decreto que não será cumprido por inviável. 

E O QUE É RUIM PODE PIORAR MAIS 

Bem e isto acontece logo depois do emprego no Brasil, e em Rondônia, ter dado uma melhorada, mas, os dois indicadores sobre mercado de trabalho da Fundação Getulio Vargas (FGV) não são animadores, pois, apresentaram piora na passagem de outubro para novembro deste ano. O primeiro deles o Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), que busca antecipar tendências do mercado de trabalho nos próximos meses, recuou 0,4 ponto em novembro, para 84,5 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, que foi a primeira queda do indicador depois seis altas consecutivas. Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que mostra a avaliação dos consumidores sobre a situação atual do desemprego, subiu 3,2 pontos e atingiu 99,6 pontos, o maior nível desde maio deste ano. O ICD tem uma escala invertida de 200 a zero pontos, o que significa que, quanto maior for a pontuação, mais negativa é a avaliação sobre o mercado de trabalho.

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ESTIMATIVA DE INFLAÇÃO VOLTA A SUBIR 

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de acordo com o boletim Focus, do Banco Central (BC), subiu de 3,54% para 4,21%, de acordo com as projeções do mercado financeiro. É a 17ª alta seguida da estimativa e extrapola, pela primeira vez, o centro da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, de 4%. A projeção para 2021 também foi atualizada, ao cair de 3,47% para 3,34%, destoando da tendência verificada até a semana passada, que era de crescimento. As previsões para 2022 e 2023 mantiveram-se estáveis em 3,50% e 3,25%, respectivamente. Já a taxa básica de juros, a Selic, que consiste no principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação, segue  inalterada, de 2% ao ano para o final de 2020. Segundo as estimativas, a taxa deverá ser de 3% ao ano, ao final de 2021. Em relação ao fim de 2022 e 2023, o valor estimado é de 4,5% ao ano e 6% ao ano.

AUTOR; SÍLVIO PERSIVO –  COLUNA TEIA DIGITAL

  • A opinião dos nossos colaboradores colunistas não reflete necessariamente a opinião da Folha Rondoniense

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