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Projeto Piloto de exportação de café robusta amazônico – Por Silvio Persivo

Esta é, sem dúvida, uma parte da história. “A história é um conjunto de mentiras sobre as quais se chegou a um acordo” (Napoleão Bonaparte). 

PROJETO PILOTO DE EXPORTAÇÃO CAFÉ ROBUSTA AMAZÔNICO

No Dia Internacional do Café, que marca para a agricultura cafeeira o dia 1º de outubro, Rondônia pode exibir como um avanço o sucesso do projeto piloto de exportação do Café Robusta Amazônico pelo Porto Público de Porto Velho, por onde,  recentemente, foi enviada a primeira remessa do produto rondoniense com destino à Coreia do Sul. Segundo o produtor e presidente da Cooperativa de Agricultores Familiares da Amazônia (Lacoop), Leandro Dias Martins, “O cliente que recebe o produto faz uma análise que contempla uma lista de 10 atributos como: aroma, acidez, amargor, adstringência, salinidade e outros para confirmar o atendimento das exigências do mercado. Estamos ganhando mercado e nossa expectativa é conquistar novos clientes e até o final deste ano de 2020 enviarmos uma nova remessa do produto”. A carga, com cerca de 40 toneladas, foi operacionalizada pelo Grupo BDX, embalada de forma especial e resistente dentro da sacaria de juta, a fim de conservar o café e evitar oxidação em função da variação de temperatura e umidade. Para o diretor administrativo, Rafael Martins, “O primeiro lote, que foi entregue em setembro, nos coloca em condições de competir com outros mercados. O produto por si só já tem muita qualidade e viabiliza a conquista do mercado internacional, bem como incentiva a produção local e proporciona o crescimento do setor”.  

SOJA JÁ ESTÁ PRESENTE EM MAIS DE 2/3 DOS MUNICÍPIOS DE RONDÔNIA 

A pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que a soja já está presente em 35 dos 52 municípios de Rondônia, sendo, agora, o principal produto agrícola estadual. Em 2019, a sojicultura ocupou 344 mil hectares, gerando uma produção de 1,19 milhão de toneladas, um aumento de 19% em comparação ao ano de 2018.  As maiores produções de soja, em 2019, foram nos municípios de Corumbiara (147 mil toneladas), Vilhena (142 mil toneladas) e Pimenteiras do Oeste (133 mil toneladas), seguidos de outros três municípios do Cone Sul (Cerejeiras, Chupinguaia e Cabixi). Também a produção rondoniense de milho, presente em quase todos os municípios do estado, cresceu 27,6% entre 2015 e 2019, ultrapassando um milhão de toneladas. Os seis maiores produtores ficam na região do Cone Sul de Rondônia, sendo Vilhena (214 mil toneladas), Cerejeiras (144 mil toneladas) e Corumbiara (120 mil toneladas) os três primeiros no ranking. No Estado, a área plantada subiu de 175 mil hectares para 225 mil hectares no período avaliado. A nota é de Amabile Casarin, analista Censitária  do jornalismo da Unidade Estadual do IBGE em Rondônia.  

MERCADO DE TRABALHO DE RONDÔNIA PIORA EM AGOSTO

Mesmo com a resiliência da pandemia, o mercado de trabalho formal de trabalho dá sinais de recuperação. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 249.388 vagas formais de trabalho foram criadas no país em agosto, o que representa a geração de quase 250 mil empregos. É  um resultado que não acontecia desde agosto de 2010. O saldo positivo de 249.388 postos de trabalho de agosto é resultado de 1.239.478 admissões e 990.090 desligamentos. Já em relação à Região Norte o saldo foi de 9,872 empregos, ou seja, 0,55% de crescimento. Rondônia, na região, foi, porém, o terceiro pior resultado com uma queda de -0,89%, isto é, com -2.129 empregos formais, resultado de 62.772 desligamentos contra 60.593 contratações. O Pará teve o melhor resultado, salvando a região com 12.264 novas vagas e o pior resultado foi o Amapá, com uma queda -1.172 empregos, percentualmente -1,68, seguido do Amazonas com -1,16%, o que, em números absolutos representou -4.819 vagas. 

PEAC MAQUININHAS COMEÇA A TER OPERAÇÕES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciando que já iniciou as operações do Programa Especial de Acesso a Crédito na Modalidade de Garantia de Recebíveis, chamado de Peac Maquininhas, que é voltado a microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte. Segundo o BNDES, o Tesouro Nacional está disponível R$ 5 bilhões nesta nova modalidade de crédito, que busca contribuir para a retomada da economia, em meio à pandemia de covid-19. O financiamento do Peac Maquininhas será realizado por meio de agentes financeiros que aderirem ao programa, e garantido por parte das vendas futuras realizadas por meio de máquinas de pagamento digital, com suporte dos recursos da União. Por isto, não será necessário apresentar ao banco aval ou outro tipo de garantia. Para ter direito ao crédito, o empreendedor deve ter realizado vendas de bens ou prestações de serviços por meio de cartões de crédito, débito ou pré-pago, e não ter operações de crédito ativas garantidas por recebíveis futuros.  Notícia que tem como fonte a Agência Nacional. 

RENDA DISPONÍVEL PODE AUMENTAR COM TELETRABALHO

O trabalho em  home office pode aumentar em mais de 40% a renda mensal  das famílias brasileiras (rendimento total descontadas as despesas), de R$ 847,00 para R$ 1.215,00 em média – uma economia de R$ 368,00 ao mês por domicílio. A estimativa é do SindiTelebrasil com base em parâmetros da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2017/2018 (POF/IBGE) atualizados para 2020. A estimativa é de que, ao diminuir os gastos em itens como transporte, alimentação e vestuário, o teletrabalho pode reduzir em mais de 7% as despesas familiares mensais – de R$ 5,1 mil para R$ 4,7 mil, considerando um rendimento médio de R$ 5,9 mil ao mês. Para Marcos Ferrari, presidente executivo do SindiTelebrasil, associação que reúne as operadoras de telecom do país, “A pandemia consolidou o papel essencial da conectividade e do teletrabalho, permitindo maior flexibilidade nos gastos dos brasileiros e, assim, um aumento da renda mensal disponível”.   Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD/IBGE),  incluindo o trabalhador do setor público, em junho deste ano havia 5,4 milhões de pessoas trabalhando em domicílio, o que representava 6,9% da população ocupada, num contexto de redução de 10 milhões de pessoas ocupadas devido à crise. Em março de 2019, essa proporção foi de 5,7%.

AUTOR: SILVIO PERSIVO –  COLUNA TEIA DIGITAL

  • A opinião dos nossos colunistas colaboradores não reflete necessariamente a opinião da Folha Rondoniense

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