Grupo, um dos maiores do país, conta com benefícios fiscais da ordem de R$ 125 milhões e sufoca os pequenos frigoríficos
Espelho
O Congresso Nacional é considerado o “espelho da sociedade” porque ali estão pessoas eleitas por suas comunidades para representa-las diante de interesses coletivos. Os congressistas, em sua maioria, são a voz do povo no parlamento (digo isso porque tem alguns que entram mudos e saem calados). O problema é que o parlamento ficou surdo durante 22 anos no que diz respeito a redução da maioridade penal. O projeto, que previa a redução de 18 para 16 anos, foi arquivado quatro vezes, os congressistas não queriam nem ouvir falar, com medo de represálias de grupos, normalmente composto por membros do judiciário, Ministério Público e o próprio PT, que sempre teve ojeriza a esse tema.
Maioria absoluta
Em junho de 2013, uma pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes(CNT) em conjunto com o instituto MDA, indicou que 92,7% dos brasileiros são a favor da redução da maioridade penal, atualmente de 18 anos, para 16. Outros 6,3% são contra e 0,9% não opinaram. Ora, se isso não for maioria absoluta da população brasileira se manifestando a respeito de um tema, não sei mais o que poderia ser. Uma minoria não pode se sobrepor a essa questão. O Estatuto da Criança e Adolescente é lindo, mas no papel. Na vida real, ele se transformou em um escudo para impunidade e milhares de mortes poderiam ter sido evitadas, se não fosse esse estatuto.
Crianças pobres
O PT e movimentos pró-ECA se apegam ao discurso de que apenas “crianças pobres, negras e sem oportunidades serão vítimas”. Ora, o Estado brasileiro se esconde atrás do ECA para não resolver problemas crônicos como acesso a educação, esportes e políticas públicas voltadas de fato a essas crianças. O que temos são milhares de ONGs que recebem recursos públicos e de empresas que precisam “ser socialmente responsáveis” ganhando rios de dinheiro e realizando o mínimo. Os menores que vão para “as unidades de internação” ficam em condições piores que os presos normais. Apenas mudar o nome de cadeia para “unidade de internação” não muda o fato de que lá, “internados” eles saem piores.
E cadeia resolve?
Não. Não resolve. Mas o Estado brasileiro tem que dar um basta no assistencialismo e na hipocrisia. Menor tem que trabalhar, tem que estudar e tem que ser responsabilizado. Quer uma responsabilidade maior que poder votar? Se o jovem pode votar, ele pode assumir a culpa por seus crimes, assim como qualquer adulto. O Brasil também precisa rever a política de “internação” de menores infratores. Esses locais são verdadeiros presídios, não oferecem condições de ressocialização. O paternalismo brasileiro tem que ter limites, e nada melhor que começar esse debate pela redução da maioridade.
Tic-tac
Tic-tac, tic-tac, tic-tac…É, não acabou. Quem quiser dormir bem, corre na farmácia, ainda tem Rivotril por lá. Cairão casas insuspeitas…
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Confucionices
Mangabeira Unger, que agora virou ministro de alguma coisa lá por Brasília, não quer nem ouvir falar em Confúcio Moura. Ele está chateado com o fato de ter tido seu nome envolvido na Operação Apocalipse, aquela feita pelo próprio governo que jogou lama em um monte de gente, inclusive gente do governo. O problema é que o Estado pagava o aluguel de um apartamento para o teórico, só que o valor era acima do preço de mercado e era usado como garçoniere de alguns assessores (e assessoras). O Tribunal de Contas que descobriu a lambança e o Ministério Público abriu procedimento investigatório. A polícia do Confúcio foi lá e escancarou tudo.
Um dos enrolados
Nessa história toda era Allan França, que por motivos nem tão misteriosos assim, não foi preso na Apocalipse, mas ele foi chamado ao Ministério Público na semana passada onde lhe foi oferecida a delação premiada, para contar o que sabia sobre a tal locação. França, para quem não lembra, fez “dobradinha” nas eleições de 2014 com Marcelo Bessa, que era o secretário responsável e idealizador da Operação Apocalipse e foi candidato a deputado federal. França disputou uma cadeira na Assembleia.
É claro
Que essa coisa toda ia terminar mal. A “tropa de elite” organizada pela turma da Sesdec desmanchou, foi um para cada lado, mas todos bem colocados, diga-se de passagem. Vários estão trabalhando na Caerd(?), outros na Sead (?) e tem delegado até como secretário da Paz (?). Enquanto isso, as delegacias continuam fechadas após o horário de expediente e por causa do horário “especial” da delegacia da Mulher, elas só podem procurar socorro em horário comercial e de segunda a sexta.
Monopólio
O Grupo JBS Friboi vem sufocando os pequenos produtores e estabelecendo um monopólio no preço da carne no Estado. A denúncia partiu de criadores que estão cansados da política rasteira da JBS e a Assembleia Legislativa vem fechando o cerco. A Casa quer rever os benefícios fiscais que foram concedidos pelo governo ao grupo, que chegam a R$ 125 milhões. A quantidade de empregos geradas pelo grupo em relação ao enorme benefício que eles tem, não compensa. Melhor eles irem embora. Os pequenos cresceriam.
A Assembleia
Vai buscar apoio de parlamentares federais para tentar ampliar o debate. A dificuldade está sendo achar algum que não tenha recebido dinheiro da JBS como doação de campanha. Eles até queriam o Nilton Capixaba, mas o deputado levou R$ 200 mil, via diretório, para sua campanha. A JBS Friboi vem sendo alvo de denúncias e investigações em vários estados da federação, exatamente por causa desses “benefícios fiscais”.
Porém
Os deputados que estão à frente do embate afirmaram que vão manter o foco na questão, e prometem brigar para conseguir rever esses benefícios fiscais, e principalmente, tentar evitar o monopólio. A JBSFriboi vem comprando frigoríficos e fechando-os para evitar concorrência. Alguns, como o de Abunã, sequer chegaram a abrir. Outros que não quiseram vender, preferiram fechar as portas e assumir o prejuízo. Como Rondônia tem mais boi do que gente, os pecuaristas se vêem reféns de um único frigorífico, ai ou vende ou vende.
No preço
Se o concorrente não quiser vender, a JBS oferece altos preços aos produtores para atrai-los e revende a carne a preços baixos, dominando o mercado. Quando o concorrente quebra, a JBS reduz o preço de compra e dita os valores de mercado. A classificação do animal também é feita pela própria JBS, então, se eles disserem que o boi é vaca, eles compram como vaca e pronto. Vamos acompanhar os trabalhos dos deputados.
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Lembranças apagam do cérebro memórias semelhantes
Uma lembrança específica pode nos fazer esquecer outra parecida – e neurocientistas conseguiram observar este processo usando imagens computadorizadas do cérebro. Dentro do cérebro dos seres humanos eles localizaram as marcas únicas de duas memórias visuais desencadeadas pela mesma palavra. Em seguida, observaram como lembrar de uma das imagens repetidamente fez a outra memória desaparecer. O estudo foi publicado na revista Nature Neuroscience. Os resultados sugerem que nossos cérebros apagam ativamente memórias que podem nos distrair de uma tarefa específica. A principal autora do estudo, Maria Wimber, da Universidade de Birmingham, na Grã-Bretanha acredita que os resultados podem ser úteis em psicologia, onde apagar memórias específicas às vezes é exatamente o que os pacientes precisam. “Esquecer é muitas vezes visto como uma coisa negativa, mas é claro que pode ser extremamente útil quando se tenta superar uma memória negativa do nosso passado”, disse ela. “Há oportunidades para que isso seja aplicado em áreas para realmente ajudar as pessoas.” Hugo Spiers, um professor de neurociência comportamental da Universidade College London, disse que a pesquisa era animadora e foi bem feita. “Este é um exemplo de uma boa pesquisa de imagens do cérebro”, disse ele.
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