Dos clubes que já atuaram nesta retomada do futebol, apenas o Timão não levou gols. Defesa passou por mudanças e tem se mostrado muito sólida
É inegável a mudança de postura e de resultados do Corinthians depois da paralisação por conta do coronavírus. Não à toa o time conseguiu reverter situação delicada no Paulistão e garantiu uma vaga na final, que há poucas semanas era considerada quase impossível. Muito disso tem a ver com a solidez defensiva desenvolvida nesses últimos cinco jogos, tanto na análise no campo, quanto nos números, que impressionam em âmbito nacional.
Até aqui, entre os clubes que já jogaram depois da pausa, o Timão é o único da Série A que ainda não foi vazado no período. São cinco jogos, quatro vitórias e um empate, com seis gols marcados e nenhum sofrido. Fator determinante para que a equipe conseguisse atingir seus objetivos para este período, que era a vaga para as quartas de final do estadual e se livrar do risco de rebaixamento.
Antes da paralisação os números da defesa corintiana eram bem diferentes, já que os comandados de Tiago Nunes haviam sofrido 12 gols em 12 partidas oficiais, ou seja, média de um gol por jogo, algo que prejudicou demais a vida da equipe no primeiro semestre, quando se complicou no Paulistão e foi eliminado na Copa Libertadores, levando um gol na ida e um gol na volta do confronto contra o Guaraní-PAR, que acabou seguindo na competição.
Nesse meio tempo, Tiago Nunes foi obrigado a promover uma mudança significativa em sua zaga, já que Pedro Henrique, que vinha fazendo um bom começo de temporada, foi vendido ao Athletico-PR. Sendo assim, Danilo Avelar foi o escolhido para fazer a dupla com Gil, poucos meses depois de deixar a lateral esquerda para atuar como zagueiro, no início desta temporada.
Além disso, houve a efetivação de Carlos Augusto como titular pelo lado esquerdo da defesa, superando Sidcley, contratado para ser o nome principal da posição, e Lucas Piton, que foi quem mais atuou por ali em 2012. A escalação de Carlos é um dos pontos de evolução do time, uma vez que o jovem exerce uma função de quase um terceiro zagueiro pela esquerda.
Por fim, outra mudança “forçada” foi a entrada de Gabriel no lugar de Cantillo, afastado após ter testado positivo para covid-19. Acontece que o camisa 5 se firmou mais até do que Camacho, que era titular absoluto ao lado do colombiano. O poder de marcação de Gabriel e sua evolução na saída de bola conquistaram Tiago Nunes que, para colocar Éderson, em ascensão, quem saiu do time foi Camacho. O encaixe se fortaleceu e os resultados vieram.
O Corinthians foi para a parada com apenas 38,89% de aproveitamento, o pior entre os clubes de Série A na época, mas atualmente tem 52,94%, já afastado da lanterna desse ranking anual e é aquele que mais variou positivamente neste período de retomada. Com essa consistência de resultados e com sua defesa forte é que o Timão vai para o Allianz Parque, neste sábado (8), às 16h30, para tentar, diante do Palmeiras, o seu quarto título paulista consecutivo.
Gols Sofridos após a paralisação:
Corinthians – 0
Vasco – 1
Atlético-MG, Botafogo, Flamengo e Palmeiras – 2
Athletico-PR, Fortaleza e Sport – 3
Ceará, Grêmio e Internacional – 4
Red Bull Bragantino – 5
Coritiba – 6
Fluminense, Santos e São Paulo – 7
Bahia – 9
FONTE: LANCE
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