Máquinas que estão em falta no mercado. “Há máquinas de felicidade dispendiosas, que funcionam com enorme desperdício, e há outras econômicas, que, com as migalhas da sorte, criam alegria para uma existência inteira” (Joaquim Nabuco).
PORTO VELHO ENTRA NO “ISOLAMENTO RESTRITO”
Na quinta-feira a especulação já corria de boca em boca, entre os dirigentes de setores público e privado, de que o governo do Estado deveria, nesta sexta-feira, decretar o Lockdown em Porto Velho, a começar deste sábado se estendendo até o próximo domingo, com o criativo nome de “isolamento restritivo”, porém, de fato, somente funcionarão os supermercados, as farmácias, postos de gasolina e vendas por entregas de alimentos. Segundo foi alegado a medida foi tomada por causa da morte de 14 e da falta dos kits, protocolos de atendimento com cloroquina e UTIs nas redes públicas e privada da capital. Interessante é que a confirmação da medida foi feita de forma inusitada, apesar do governador ter concedido entrevista num programa de televisão ao meio dia, só um pouco mais tarde, por Instagram, via secretária de Saúde, foi divulgada. Ainda segundo o Governo do Estado foi elaborada uma minuta contendo a listagem de empresas que fornecem serviços essenciais, evitando um eventual desabastecimento de gás e água. Também divulgaram que um plano de reabertura do comércio será definido junto aos empresários, que, consideraram a medida, tomada novamente sem participação da sociedade, é um verdadeiro tiro no pé. Afinal, para eles, o governo os está punindo por responsabilidades que são dele, bem comonão concordam que o lockdown seja solução, de vez que, no Brasil, os estados que mais adotaram medidas radicais são também os com maior número de casos e mortes.
NADA ESTÁ AZUL
As dificuldades de passagens para sair (ou vir) para Porto Velho aumentaram enormemente depois que a Azul cancelou as operações entre Campinas e Porto Velho, com frequência de duas vezes por semana. Agora divulgou que os voos somente serão retomados a partir de 27 de junho. Hoje só existe um voo em operação que tem sofrido muitas alterações por causa da pandemia. A empresa também informou que não tem previsão para voltar a operar em Cacoal, Ji-Paraná e Vilhena. O problema é a falta de infraestrutura dos aeroportos dessas localidades. Antes da pandemia, os locais já estavam com problemas para as operações, o que resultava em atrasos e cancelamentos constantes.
MESMO COM A PANDEMIA AGRONEGÓCIO SÓ CRESCE
Se há um setor que não pode reclamar da pandemia, certamente, é o agronegócio, que registra crescimentos seguidos e pode se tornar, nos próximos anos, o foco das fusões e aquisições e dos investidores estrangeiros no País. Alguns fundos soberanos, como, por exemplo, da Arábia Saudita, já estão investindo recursos no Brasil, da mesma forma que empresas nacionais investiram em fábricas e escritórios no Oriente Médio e no Norte da África. A BRF abriu uma unidade em Abu Dhabi e está anunciando novos investimentos no mercado saudita. O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, disse que houve sondagens recentes de investidores estrangeiros por empresas do setor sem que os negócios se concretizassem, mas, que não deve demorar a acontecer. Afinal, mesmo na pandemia, o Brasil deve registrar uma expansão na produção de café arábica, soja, açúcar, algodão e milho e também alcançar o maior Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) dos últimos 30 anos, calculado em R$ 697 bilhões.
TROCA DE GUARDA NA SUFRAMA
Segundo divulgado pela imprensa amazonense, o atual superintendente da SUFRAMA, Alfredo Menezes, mal completou um ano na superintendência da Zona Franca de Manaus vai deixar o cargo, principalmente, por pressões políticas. Menezes, um ex-coronel, teve divergências com quase todos os parlamentares federais do estado e, em especial, com o senador Omar Aziz (PSD), que se constitui numa das principais lideranças do grupo que negocia com o Palácio do Planalto para garantir a governabilidade. As informações existentes dão conta de que o mais cotado para substituí-lo é o general de brigada Algacir Polsin, ex-comandante de operações do Comando Militar da Amazônia e atual comandante da 4ª Região Militar. Pode não se concretizar, mas, é o que se aposta no momento.
SETOR DE MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO CIVIL PREVÊ DIFICULDADES
A Sondagem do Termômetro da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), que foi realizada, em maio, com 23 empresas do setor, base (14 empresas) e acabamento (9 empresas), apontou que, neste mês, as vendas, para 52% das empresas ouvidas o mês de maio foi ruim, enquanto 22% disseram que foi regular, 13% bom, 9% muito ruim e 4% muito bom. Já para o mercado externo, a sondagem mostrou que para 31% das empresas o desempenho foi regular, 54% ruim e 15% muito ruim. Segundo a 13% das empresas permaneceram otimistas quanto às ações do governo para o setor da construção civil nos próximos 12 meses (bem menos que os 27% do mês anterior). Em relação às intenções de investimentos no médio prazo, no mês de maio 43% das indústrias de materiais afirmaram que pretendem investir nos próximos 12 meses. Houve crescimento em relação a abril, quando 36% empresas pretendiam investir. Mas o índice ainda está abaixo do mesmo período do ano passado, quando 63% pretendiam realizar investimentos. Sendo um setor que se manteve em atividade os resultados projetam uma crescente preocupação das empresas sobre o desempenho das vendas de materiais de construção, pois a utilização da capacidade industrial em maio ficou em 53%, na média das empresas. No mês anterior, o nível de utilização da capacidade instalada foi de 54%. A nota tem origem na Revista Grandes Construções.
AUTOR: SÍLVIO PERSIVO – COLUNA TEIA DIGITAL
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