A Petrobras inicia neste mês a parada de produção de várias plataformas para atingir a redução de 200 mil barris diários em sua produção total. Com essa medida, alguns empregados dessas unidades poderão ser realocados em outras funções, mas alguns serão desligados, ou aderindo ao programa de demissão voluntária, ou por desligamento individual por acordo.
Em carta enviada aos sindicatos da categoria no dia 8, a companhia ressalta a situação delicada diante da atual crise, e da necessidade de adoção de várias medidas para cortar custos.
A Bacia de Campos, que já representou cerca de 80% da produção total, será uma das mais atingidas com a hibernação de várias unidades que operam em águas rasas e em campos maduros (antigos), cujos custos são mais elevados. Na carta, a Petrobras informou aos sindicatos que vai parar a produção de seis plataformas na Bacia de Campos.
Segundo fontes, outras seis unidades também vão ter as atividades paralisadas no local.
De acordo com a Petrobras, as unidades estão em águas rasas e campos terrestres e operam com custo de produção mais elevado. No caso das plataformas, em virtude da queda dos preços do petróleo, passaram a ter fluxo de caixa negativo, segundo a estatal.
A hibernação não vai causar descontinuidade no processo de venda das unidades. Alguns desses ativos estão passando pelo processo de venda e a sua hibernação não afetará a sua continuidade.
Na carta, a Petrobras traça um cenário bem negativo, afirmando que todas as medidas adotadas são fundamentais para a sobrevivência da companhia. Ao destacar que a indústria do petróleo vive a maior crise dos últimos 100 anos, a estatal afirma que “precisa se adaptar rapidamente a um cenário de incertezas e está realizando todos os esforços para preservar empregos e a nossa companhia. É necessário agir rápido”.
E acrescenta: “O cenário de incerteza é tamanho que precisamos ir além e tomar medidas preventivas para redução de desembolso e preservação do nosso caixa, a fim de reforçar a solidez financeira e a resiliência dos nossos negócios.”
FONTE: EXTRA
Add Comment