Não resolve, mas, ajuda. “A literatura não é algo que nos faça felizes, mas, ajuda-nos a defendermo-nos da infelicidade”(Mario Vargas Llosa).
GOVERNO DE RONDÔNIA ACOMPANHA NOTIFICAÇÕES DE CORONAVÍRUS
O governo de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), divulga os casos notificados em Rondônia, pretendendo informar a população, combater publicações não oficiais (fake news) e tranquilizar os moradores acerca das ações implementadas pelos órgãos estaduais de saúde para o enfrentamento do Coronavírus (Covid-19), informou que até, hoje, 16 de março, pela manhã, não foi confirmado nenhum caso de Coronavírus em Rondônia, mas, foram registradas 36 notificações no Estado, sendo que 12 destes casos notificados já foram excluídos e há 24 suspeitos, nos seguintes municípios: oito em Ariquemes, 13 casos em Porto Velho, um em Ji-Paraná e dois casos em Vilhena. A Agevisa ressalta que os dados não são lidos e atualizados imediatamente pelo Ministério da Saúde, por isto há atraso (delay), no registro de casos que estão sendo acompanhados diariamente por equipes de saúde nos municípios. Todos os casos notificados, até mesmo os excluídos estão sendo acompanhados pelo Centro de Informações Estratégicas da Vigilância em Saúde de Rondônia (Cievs).
AULAS SUSPENSAS EM TODO O ESTADO
Mesmo sem nenhum caso confirmado em Rondônia, o governador Marcos Rocha determinou a suspensão das aulas em todo o estado e vai restringir ainda mais as ações de uma série de atividades sociais e das pessoas, para manter o controle sobre a disseminação do Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O anúncio dessas medidas foi feito hoje, segunda-feira (16), em Porto Velho, pelo secretário de estadual da Saúde (Sesau), Fernando Máximo, durante entrevista coletiva, em que preferiu não adiantar as novas medidas restritivas que, segundo ele, serão anunciadas pelo governador quando expedir um novo decreto e período de sua vigência.
EMPRESAS AÉREAS DIMINUEM ATIVIDADE POR CAUSA DA PANDEMIA
A Azul anunciou hoje, segunda-feira (16), uma série de medidas em resposta à evolução do novo coronavírus no Brasil, entre elas a redução de sua capacidade consolidada de 20% a 25% no mês de março, e entre 35% e 50% em abril e meses seguintes, até que a situação se normalize. A companhia aérea também comunicou que, partir de hoje, todos os voos internacionais, exceto os que partem de Campinas (SP), serão suspensos. Já a Latam Airlines, com sede no Chile, informou, hoje também, que reduzirá seus voos em 70%, diante dos desdobramentos da epidemia do coronavírus. Em comunicado, a empresa afirmou que os voos internacionais serão reduzidos em 90%, enquanto os domésticos terão diminuição de 40%, seguindo-se ao fechamento de fronteiras em vários países e a subsequente queda na demanda.
MAIS EFEITOS DO CORONAVÍRUS NA BOLSA
No embalo do Covid-19 a Bolsa brasileira abriu em forte queda. A baixa acima do limite de 10%, logo no começo do pregão desta segunda-feira (16),
Acabou gerando o quinto circuit breaker desde a segunda passada (9) Na abertura do pregão, o Ibovespa caiu 12,52%, a 72.321 pontos e, na volta das negociações, o índice se desvalorizava cerca de 8%, chegando a 76 mil pontos. O motivo da queda desta segunda foi a decisão do Fed (banco central americano) de cortar no último domingo (15) a taxa de juros do país para perto de zero, nesta que foi a segunda decisão extraordinária causada pelo coronavírus. O calendário do Fed previa reunião nesta semana, mas, a decisão monetária foi antecipada. O mercado viu a medida como um indicativo de que a economia do país deve cair por causa do coronavírus, temor que tem se disseminado pelo mundo. Uma previsão da Euler Hermes, especialista em seguro de crédito, prevê que o surto do Covid-19 será uma forte barreira comercial em 2020. Pelos cálculos dos economistas da seguradora, as medidas de contenção aplicadas em resposta ao surto do Covid-19 já equivalem a +0,7% de tarifas adicionais sobre mercadorias – levando a tarifa global média a 6,5% no final do primeiro trimestre de 2020. Em outras palavras, em um único trimestre, o comércio global já sofreu com o equivalente à guerra comercial do ano inteiro de 2019 entre os EUA e a China. São estimadas perdas no comércio de bens e serviços de US$ 320 bilhões por trimestre em disrupções comerciais.
O NÓ DO CONGRESSO EMPERRA A ECONOMIA
Em vista dos problemas do coronavírus, que põe em quarentena as atividades econômicas, o ministro Paulo Guedes admitiu que será difícil para a economia do Brasil crescer este ano num maior ritmo do que nos três anteriores. Em entrevista à revista Veja, o ministro disse que : “O que aconteceu com o Brasil no ano passado quando não tinha reforma nenhuma? Cresceu 1%. E o que aconteceu no ano anterior? Cresceu 1%. E no anterior? Cresceu 1%. Neste ano, com o coronavírus, vai ser ainda mais difícil crescer 1% se não fizermos as reformas.” Efetivamente, as reformas são necessárias, porém, é preciso também que o governo faça uma melhor articulação no Congresso. De fato, querer pressionar através das ruas não tem dado resultado. Com a nossa representação política tão multifacetada, e com tantos problemas, o governo Bolsonaro dificilmente irá andar sem uma boa articulação no parlamento. E, decididamente, tanto o presidente como o próprio ministro não ajudam muito quando falam sem considerar que existe uma oposição cerrada contra muitas de suas propostas. Negociar é preciso sempre numa democracia.
AUTOR: SILVIO PERSIVO – COLUNA TEIA DIGITAL
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