Uma estimativa do Departamento de Inteligência contra o Crime Organizado do Paraguai aponta que o número de traficantes no Paraguai que integram as duas maiores facções brasileiras quintuplicou no último ano. A informação foi divulgada pela revista Época.
Hoje, no Brasil, o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho) são as duas maiores facções criminosas.
Segundo a revista, os principais chefes de um desses grupos estão entre os 75 homens que fugiram do presídio de Pedro Juan Caballero, no último domingo (19).
As investigações apontam uma estimava de que 100 criminosos eram ligados a essas facções em agosto de 2018. Em julho do ano passado, o número saltou para 528.
“Em oito meses, o número de bandidos passou de 100 para 300. Desses 528, referente ao último levantamento que temos, 150 são brasileiros e o restante paraguaios”, explicou o subcomissário Pedro Lesme, chefe de Inteligência de Informações do Departamento, em entrevista ao jornal ABC Color.
Lesme atribui o aumento de presos paraguaios ligados a maior facção do Brasil ao fato de a organização criminosa os cooptarem dentro das cadeias, fornecendo advogados e até comida quando eles passam mal.
Ainda de acordo com o comissário, as autoridades paraguaias têm desvantagem em relação ao poderio das organizações criminosas e disse que os criminosos chegam a movimentar R$ 40 milhões por ano. “Com esse valor, eles compram o que querem, como armas. Eles não têm menor a compaixão pelo dinheiro que ganham porque sabem que podem gastar e recuperar tudo depois.”
Sobre a fuga em massa dos últimos dias, a lista de foragidos divulgada pelo Ministério da Justiça do Paraguai inclui 75 presos, entre eles 40 brasileiros que estavam em duas alas do presídio de Pedro Juan Caballero — 16 no chamada Pavilhão A, piso alto, e 24 no Pavilhão A, piso baixo.
FONTE: YAHOO NOTICIAS
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