Auditoria, feita por dois escritórios de advocacia, investigou empréstimos do BNDES a empresas do grupo J&F, mas concluiu que não houve irregularidade.
O subprocurador do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu nesta sexta-feira (24) ao tribunal que avalie se houve irregularidade no gasto de R$ 48 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com uma auditoria que analisou negócios entre o banco e empresas do grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.
A auditoria concluiu que não houve irregularidades nas operações. O alvo principal foram operações realizadas durante governos petistas.
O BNDES contratou a auditoria entre 2017 e 2018, durante o governo do ex-presidente Michel Temer. Entretanto, o presidente Jair Bolsonaro tem defendido a investigação desde a campanha eleitoral, em 2018, e prometeu “abrir a caixa-preta do BNDES”.
A abertura da “caixa-preta” foi uma das missões dadas por Bolsonaro ao presidente do BNDES, Gustavo Montezano, que tomou posse em julho.
Dois escritórios de advocacia foram contratados para fazer a investigação. Um estrangeiro, com sede em Nova York, e outro do Rio de Janeiro. No total, foram analisadas oito operações entre o banco e as empresas JBS, Bertin e Eldorado Celulose, entre 2005 e 2018.
Na representação, Furtado afirmou que é necessário que o TCU apure se o valor do contrato está de acordo com o praticado no mercado e se a própria contratação dos escritórios foi realizada obedecendo a legislação.
Ex-presidentes do banco, como Joaquim Levy, Luciano Coutinho, Paulo Rabello de Castro e Dyogo Oliveira, chegaram a afirmar que não havia evidências de irregularidades no BNDES.
FONTE: G1.COM
Add Comment