Na semana em que se comemoram os 71 anos da Extensão Rural do Brasil e o Dia do Extensionista Rural (06 de dezembro), o Distrito Federal sedia uma série de eventos para debater sobre o cenário do agro em 2019 e as perspectivas para 2020.
Um desses eventos foi a 4º edição do AgroSeminário Brasília, realizado na tarde desta quarta-feira (04), promovido pelo Instituto de Educação no Agronegócio (I-UMA), e que reuniu lideranças e especialistas do setor em um amplo debate sobre sustentabilidade e uso de novas tecnologias na agropecuária brasileira.
Na abertura do evento, o presidente do I-UMA, José Américo da Silva, destacou que este é o melhor momento para trazer para o centro de decisões do País uma agenda positiva de competitividade e sustentabilidade para o setor. “Sabemos que as principais variáveis que influenciam a competitividade do agronegócio são o mercado internacional, os investimentos em tecnologia e inovação, a otimização dos recursos e a sustentabilidade do produtor no campo, que tem o desafio de produzir maior quantidade, com mais qualidade, menos custo e de forma cada vez mais sustentável. A proposta deste seminário é analisar o cenário do agronegócio na busca e na proposição de alternativas com o compromisso de desenvolvimento socioeconômico sustentável”.
Representando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o diretor do Departamento de Apoio à Inovação para Agropecuária, Luís Cláudio Rodrigues de França disse que não possível falar em competitividade e sustentabilidade sem falar de inovação. “Sem dúvida a agricultura brasileira se tornou um eixo estratégico para o mundo inteiro, garantindo segurança alimentar para um bilhão de pessoas em mais de 160 países, e o Ministério da Agricultura tem o desafio de melhorar o acesso à tecnologia e à assistência técnica para os pequenos agricultores brasileiros para que eles possam entrar no sistema produtivo como a grande agricultura comercial faz”.
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Alceu Moreira ressaltou que o sucesso da agricultura, a capacidade de investimento em tecnologia, inovação, manejo e assistência técnica estão diretamente ligados à renda. “Quando aprendermos a ser um corpo só, trabalhar a lógica da responsabilidade e a cooperatividade na cadeia produtiva seremos um País grande na competitividade”.
Para Cleber Soares Oliveira, diretor de Transferência de Tecnologia da Embrapa, se os produtores brasileiros tivessem acesso à inovação tecnológica e assistência técnica, o país dobraria a produção de quase todos os produtos agrícolas. “O grande desafio é fazer com que 85% dos nossos produtores rurais, o que corresponde a mais de 3,5 milhões de propriedades, alcancem inovação social. Não é assistencialismo, é ter acesso ao conhecimento, tecnologia e assistência técnica para melhorar a produção e torná-la mais competitiva para atender às novas perspectivas do consumidor e às novas demandas do mercado”.
O presidente Ademar Silva Jr., concluiu dizendo que o desafio da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) é fazer com que o conhecimento e a tecnologia desenvolvida no País cheguem ao homem do campo. “A Anater tem o desafio de fazer chegar a assistência técnica a esses mais de 3,5 milhões de produtores e para isso está estabelecendo parcerias para qualificar e equipar os extensionistas rurais de todo o País para que possam levar ao campo a inovação tecnológica que vai promover, realmente, esse salto de qualidade e produtividade. A Agência também está atuado fortemente nas ações de apoio ao cooperativismo, importante ferramenta para fazer com que o produtor consiga acessar o mercado”.
Em sua quarta edição, o AgroSeminário Brasília foi mediado professor Dr. Júlio Barcellos.
FONTE: ASSESSORIA ANATER
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