Pela segunda vez na mesma edição, fotos da prova do Exame Nacional do Ensino do Médio (Enem) vazaram nas redes sociais durante a realização da avaliação. Imagens das questões de Matemática e Ciências da Natureza passaram a circular em grupos de Whatsapp ontem durante a tarde. Em entrevista coletiva no começo da noite, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, minimizou o ocorrido, mas confirmou que as fotos foram feitas por candidatos. A segurança do Enem não permite que estudantes permaneçam com o celular durante o exame.
“O dano disso foi zero”, afirmou Weintraub. “Isso é um trouxa. É um babaca”, classificou o ministro. Segundo ele, a divulgação da prova em redes sociais antes do término da aplicação não causou danos. Os responsáveis, declarou, serão punidos. “A mensagem principal é que esse foi o melhor Enem da história do Brasil.”
Pelas regras da prova, os aparelhos precisam ser guardados em envelopes lacrados e têm que ficar desligados. De acordo com o ministro, houve registro de boletins de ocorrências para notificar o vazamento. “Tem que punir essas pessoas de forma exemplar para saber que uma ação danosa para prejudicar o coletivo não sai impune.”
O ministro afirmou que os responsáveis vão ter que explicar o caso “pelo resto da vida” e negou que tenha sido um “vazamento” porque ele não teria acontecido dentro da estrutura do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), organizador do exame.
Primeiro dia. No primeiro dia do Enem, minutos após o início da prova, circulava nas redes sociais a imagem da página com a proposta da Redação, que abordou a democratização do acesso ao cinema. Logo após o vazamento, Weintraub afirmou que o vazamento teria partido de um aplicador e que iria “escangalhar ao máximo a vida dele”.
Após o episódio, o Inep proibiu os aplicadores das provas do Enem de entrar com celulares nas salas onde seria realizada a prova.
No sábado, a Polícia Federal fez uma operação em Fortaleza e apreendeu celulares nas casas de duas aplicadoras suspeitas de fraude durante a aplicação da primeira fase.
Ao comentar o vazamento da prova no primeiro dia, o ministro classificou como “terrorismo” de “militantes” o comportamento das duas aplicadoras acusadas de vazarem o conteúdo. Weintraub comentou que uma delas “talvez seja inocente” e que outra é “culpada”. “O que ela tentou fazer foi terrorismo. Isso se chama terrorismo, colocar terror na sociedade civil.”
FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO
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