Brasil

Lula apela à luta de classes e racismo às avessas para incitar “vingança” contra quem vaiou e xingou Dilma

    O presidentro Luiz Inácio Lula da Silva, a Presidenta Dilma Rousseff e os cronistas patrocinados pelo PT recorreram à velha, esfarrapada e simplista teoria da luta de classes para condenar as vaias e xingamentos no jogo de abertura da Copa do Jegue. Os líderes petistas alegaram que o ato de protesto mal educado partiu de uma “elite” formada por “cretinos”, “moleques”, “preconceituosos”. Tudo, claro, incitada pela “imprensa” inimiga número 1 do regime nazicomunopetralha.

    Lula foi o grande desenhista da “tese” de defesa ofensiva da Dilma. Seu argumento central, repetido sempre que necessário, para ser proclamado como dogma aceito por seus seguidores: “A elite não aceita um pobre chegar à Presidência”. Em Pernambuco, Lula até ensaiou um discurso claramente racista, combinado com a tradicional explicação marxista da luta de classes: “Dilma, você viu que no estádio não tinha ninguém com cara de pobre, só você?! Não tinha ninguém, ninguém pelo menos moreninho. Era a parte bonita da sociedade, que comeu a vida inteira e chegou ao estádio para mostrar que educação a gente aprende em casa, vem de berço”.

    Antes de tal argumento de eugenia às avessas, reclamando da falta dos “moreninhos” no Itaquerão, Lula tinha proclamado: “Os responsáveis por aqueles xingamentos contra uma mulher e uma presidente são moleques. Fiquei pensando em casa que não é dinheiro, nem escola, nem qualquer tipo de título que garante educação. A educação se aprende dentro de casa com o pai e com a mãe. Mesmo quando eu fazia oposição, nunca tive coragem de faltar com respeito a um presidente da República”.

    Psicologicamente, o que Lula fala pode ser geralmente interpretado como um desejo por ele reprimido, que serve de orientação aos seguidores do partido-seita – dominado pelos sindicalistas de resultados,  pelos supostos intelectuais e pelos políticos “novos milionários”. Ainda interpretando o ataque sofrido pela Dilma, apelando para a mitomania de sempre, que distorce e interpreta a verdade a seu favor, conforme as conveniências políticas e pessoais, Lula sinalizou o que vem por aí no estágio pré-revolucionário, depois da ejaculação precoce com o soviético Decreto 8243:

    “Não foi uma ofensa à presidente, foi um ato de cretinice. A nossa vitória será a nossa vingança. Essa campanha corre o risco de ser uma campanha violenta, porque a elite está conseguindo fazer o que nunca conseguimos fazer: despertar o ódio e que ele tome conta de uma campanha. E não medirão esforços para a quantidade de mentira e preconceitos que vão contar. Nós temos que dizer, em alto bom som: se ofender a Dilma estão ofendendo a cada um de nós”.

     Posando de vítima, a covarde presidenta Dilma Rousseff que não quis discursar na abertura da Copa da Fifa, por medo justamente das previsíveis vaias e xingamentos, obedeceu ao raciocínio intestinal do líder ao qual se submete meio a contragosto. Dilma também pregou que seus “agressores” faziam parte da tal “elite” (conceito que os esquerdistas adoram distorcer): “Eu conheço o caráter do povo brasileiro. O povo brasileiro não age assim, não pensa assim e sobretudo o povo não sente da forma como esses xingamentos expressam. O povo brasileiro é civilizado e extremamente generoso e educado. Podem contar que isso não me enfraquece”.

     A velha guerrilheira Dilma, forjada na luta armada para implantar o comunismo no Brasil, mas que carrega para sempre o ódio de ter sido derrotada pelos militares, voltou a posar de “vítima da ditadura” em sua ofensiva contra quem gritou, “Ôh, Dilma, vai tomar no c…”, assim que viu a imagem dela estampada no telão monumental da Arena Corinthians. A conclusão discurso de Dilma, psicologicamente analisado, também revela o quanto o fato a abalou, apesar da pregação pública em contrário:

     “Nós superamos todos os desafios, encaramos os problemas, demos a volta por cima. Eu não vou me deixar perturbar por agressões verbais. Não vou me deixar atemorizar por xingamentos que não podem ser sequer escutados pelas crianças e pelas famílias. Aliás, na minha vida pessoal enfrentei situações do mais alto grau de dificuldade. Situações que chegaram ao limite físico. Superei agressões físicas. Superei agressões físicas quase insuportáveis, e nada me tirou do meu rumo, nada me tirou dos meus compromissos e do caminho que eu tracei para mim mesma. Não serão xingamentos que vão me intimidar e me atemorizar. Eu não me abaterei por isso. Não me abato e não me abaterei”.

     Não adianta Dilma contar essa mentirinha. Ela ficou abatida com a reação da classe média concentrada na Arena privada em que o governo investiu milhões do BNDES e abriu mão de recolher impostos para a promoção do “pão e circo” da Copa da Fifa – mais bem definida como “Copa do Jegue”. A Presidenta não ouviu apenas uma bronca contra o torneio altamente lucrativo para a Fifa, embora também seja uma promoção para o Brasil. Dilma escutou a reação de quem não aguenta mais impostos elevados, juros altíssimos, custo de vida subindo, violência saindo do controle, causadas por um governo ineficiente, perdulário e comandado por uma classe política corrupta.

     A cegueira petista pelo poder não permite que Lula e Dilma vejam essa realidade concreta e objetiva do regime Capimunista brasileiro. Por isso, os dirigentes ideológicos de canhota preferem distorcer o conceito de elite (o melhor entre os melhores) para tentar esconder uma oligarquia que promove a governança política e ideológica do crime organizado.

    A cúpula petista sabe do alto risco de perder a eleição. Mas já dá sinais de que não vai largar, facilmente, o osso do poder. A tal “vingança” prometida por seu mítico-líder vai acontecer na improvável vitória ou na quase certa derrota. O Brasil caminha para uma radicalização, uma intolerância ideológica que pode redundar em violência política e risco de separatismo. A ruptura se desenha no horizonte perdido do País. Em tempos de confusão revolucionária, todo mundo grita e ninguém tem razão. Vigora o salve-se quem puder.

     O único temor dos petralhas e comparsas é que seja atingido, perigosamente, o grau de “guerra civil” – sonhado pela esquerda na luta armada da década de 70, mas agora rejeitado pelos gramscistas que ficaram ricos com o aparelhamento do poder estatal obtido pela via demagógica do voto obrigatório. A cúpula petralha se borra de medo que, em uma conjuntura caótica, de ruptura institucional, aconteça uma intervenção militar para restabelecer a ordem (de uma democracia que talvez nunca tenha existido, de fato, no Brasil).

    O barril está preparado. Uns apostam que é de chopp. Outros juram que é de pólvora. Qual dos dois vai estourar primeiro? Ou nenhum deles vai explodir? Eis a dúvida cruel a ser tirada no curto prazo. A previsão mais otimista para 2015 é de crise econômica. Se a crise também for política, a coisa fica mais feia ainda.

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