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É preciso conhecer a realidade dos povo amazônicos – Por Sílvio Persivo

Quem disse que a vida é sempre doce? “A cura para tudo é sempre água salgada: o suor, as lágrimas ou o mar” (Isak Dinesen).

 

É PRECISO CONHECER A REALIDADE DOS POVOS AMAZÔNICOS

O público que acessou o quarto debate prévio do Fórum Mundial Amazônia+21, realizado nesta quarta-feira, 14, pelas plataformas online, conheceu um pouco mais da história e da vida na Amazônia, a diversidade dos povos e os desafios da floresta, através da participação de conhecedores do assunto: o escritor Márcio Souza, o cacique Almir Suru e sua esposa Janete Suruí – e o geógrafo Gustavo Gurgel que debateram no primeiro painel, tendo como moderador o presidente da FIERO, Marcelo Thomé. O escritor Márcio Souza citou a inexistência de conhecimento sobre a realidade da Amazônia invisível. Para ele, é fundamental falar o Brasil a partir da Amazônia deixando de lado a visão bandeirante e exploratória da região, tratada como subdesenvolvida, mas cuja riqueza atrai a atenção de todo o mundo. Na sua participação, o chefe Almir Narayamoga Suruí ressaltou a importância do Fórum Mundial Amazônia+21 como marco histórico na luta pelo futuro de novas gerações. Também lembrou que o maior desafio dos povos indígenas é a gestão do território, mas desenvolvido sem necessidade de desmatamento e preservando o meio ambiente. Além disso, outro desafio é conscientizar sobre o respeito pela cultura, as tradições e a história das etnias. “Existem diferenças e precisam ser respeitadas”, disse. Já o geógrafo Gustavo Gurgel destacou o chefe Almir Suruí como um grande ativista em defesa do povo da região. “Temos experiência da realidade dos povos da floresta e precisamos valorizar a floresta em pé e contribuir para o desenvolvimento dos povos da Amazônia. Ao falar sobre a Amazônia, que viveu vários ciclos de exploração, é preciso falar das mudanças ambientais. Temos uma perda desta matéria viva, pois é da floresta que se extrai toda informação”. Ainda de acordo com ele, nos últimos 40 anos continuamos utilizando as mesmas ferramentas, que não contribuem para o desenvolvimento. “São muitos os problemas. A discussão deve extrapolar o meio acadêmico e atingir o âmbito popular. Precisamos olhar e atender as pessoas que vivem na floresta. Olhar para a diversidade dos povos da Amazônia, cuja demanda é enorme. Há condições de desenvolver de maneira mais eficiente, equilibrada e sustentável, através de investimentos em pesquisas e ações efetivas. E mais importante, com a inclusão dos povos da floresta. Se não pensarmos nisso agora, sem dúvida os prejuízos serão irreversíveis”. De fato, há uma visão muito estreita que somente pensa em tratar a Amazônia a partir de seus problemas, como desmatamento e queimadas, que são efeitos, sem levar em conta que existe uma imensa população que precisa ter meios adequados de sobrevivência.

 

RONDÔNIA TEM O MENOR ÍNDICE DE PESSOAS SEM DOCUMENTAÇÃO CIVIL DA REGIÃO NORTE

Na videoconferência realizada com a Secretaria de Estado da Assistência e do Desenvolvimento Social (Seas) e a Coordenação Geral de Promoção do Registro Civil de Nascimento, vinculado ao Ministério da Mulher da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), mostrou-se que Rondônia é, na região Norte, o estado com o menor índice de sub-registro. Conforme apresentação coordenador do Registro Civil de Nascimento, Paulo da Silveira Nascimento, apenas 330 pessoas no Estado estão sem a documentação, o que equivale a um percentual de 1,2%.  O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) define o termo Sub-Registro como sendo o conjunto de nascimentos não registrados no próprio ano de nascimento ou no 1º trimestre do ano subsequente. De acordo com dados recentes do IBGE cerca 2,6% das crianças nascidas no Brasil em 2017 deixaram de ser registradas, ou seja, aproximadamente 77 mil crianças não obtiveram a Certidão de Nascimento no tempo correto.

 

COM MAIOR ENDIVIDAMENTO CRÉDITO FICA DIFÍCIL PARA MICROS E PEQUENOS NO AMAZONAS

A sétima edição da pesquisa “Impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios”, elaborada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa), entre 27 e 31 de agosto, com 7.586 micro e pequenas empresas em todo o país, assim como MEIs (microempreendedores individuais), sendo que 99 deles estão no Amazonas revelou que o endividamento dos micro e pequenos empresários amazonenses voltou subir no final de agosto, de 43% para 50%. A proporção dos adimplentes, no sentido contrário teve um decréscimo, de 32% para 28%. Em contraste, a minoria que afirma não possuir qualquer tipo de pendência financeira caiu de 25% para 22%. Na média nacional, os números foram 33%, 34% e 33%, respectivamente. E, como consequência, a busca de crédito avançou de 53% para 61%. Com um significativo aumento do percentual de empreendedores amazonenses que tiveram seus pedidos negados, de 47% para 69%. O percentual de empresários que obtiveram sucesso foi de 14% para 18%, enquanto a fatia dos que aguardam resposta dos bancos para 13% contra 38%, de um mês antes. Os respectivos números nacionais também foram melhores neste caso: 61%, 22% e 17%.

 

VENDAS DE MÁQUINAS AVANÇAM 5% EM SETEMBRO

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou os números do setor no último mês, que foi o melhor do ano em produção e vendas. Para o setor de máquinas agrícolas e rodoviárias, as projeções apontam um crescimento de 5% nas vendas, mas quedas de 4% na produção e de 31% nas exportações. Setembro fechou o melhor trimestre do ano, depois dos sucessivos recordes negativos do segundo trimestre. Apesar da recuperação dos últimos meses, as novas projeções ainda apontam fortes quedas em todos os indicadores. A produção estimada para o fim do ano é de 1,915 milhão de unidades, queda de 35% sobre 2019 e pior ano desde 2003. A expectativa da Anfavea para o mercado interno de autoveículos novos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) é de 1,925 milhão de unidades licenciadas no ano, queda de 31% e pior resultado desde 2005.

Nas exportações, estima-se o envio total de 284 mil unidades, 34% a menos que no ano anterior, pior volume desde 1999. “Não deixa de ser um alívio diante do quadro que vislumbrávamos no começo da pandemia”, explica o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. “Mesmo assim, teremos uma queda dramática de todos os resultados da indústria em 2020, ainda que o último trimestre seja razoável como foi o terceiro”, acrescentou.

 AUTOR; SÍLVIO PERSIVO –  COLUNA TEIA DIGITAL

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