Politica

Sem quórum, Câmara adia votação sobre reforma política

Votação deve ocorrer na 3ª. Distritão e fundo de campanha perdem força

Sem quórum suficiente, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encerrou a sessão plenária desta quarta-feira (16) sem votar o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) 77/2003, que altera o sistema eleitoral e o financiamento das campanhas.

A votação foi remarcada para a terça-feira (22).

A sessão foi encerrada por volta das 22h, logo após o plenário aprovar, por 361 votos a 68, requerimento para encerrar a discussão da PEC. Houve ainda duas abstenções, totalizando quórum de 431 deputados presentes em plenário.

“Não tem como votar uma PEC com 430 deputados no plenário”, disse o presidente da Câmara ao deixar o plenário.

Como o requerimento de encerramento de discussão foi aprovado, a análise da PEC será retomada na terça-feira diretamente na fase de encaminhamento de voto. A votação se dará por meio de sistema eletrônico.

Como se trata de uma PEC, são necessários pelo menos 308 votos para aprovar o texto-base, o equivalente a 3/5 dos 513 deputados da Câmara.

Distritão e fundo de financiamento perdem força

A tentativa de emplacar o chamado sistema “distritão”, que diminui a força dos partidos, encarece a eleição e praticamente impede a renovação da Câmara, favorecendo os políticos tradicionais, ainda está na pauta, mas perde força.

A criação de um fundo para financiar as campanhas também causa polêmica. A proposta a ser votada, de autoria do deputado Vicente Candido (PT-SP), prevê o uso de recursos públicos equivalentes a 0,5% da receita corrente líquida. Nos valores atuais, isso daria um prejuízo de cerca de R$ 3,6 bilhões.

Por causa da polêmica, na primeira fase da votação prevista para terça-feira (22), o texto analisado excluirá os dois temas. O acordo é para que esses temas polêmicos sejam votados nominalmente de forma separada.

Sistema majoritário é critcado

Durante a fase de discussão desta quarta-feira (16), o distritão foi fortemente atacado. A líder do PCdoB, deputada Alice Portugal (BA), chegou a chamar o sistema de “desfile de individualidades”. Ela defendeu o atual sistema de representação proporcional. “Aprimora a democracia com a proporcionalidade, garantindo o fim das coligações. Com isso, garantiremos a média do brasileiro e da brasileira”, disse.

Outro deputado contrário ao “distritão” foi o líder do PSOL, deputado Glauber Braga (RJ). “Se estivesse em vigor na última eleição, 92% dos deputados seriam reeleitos. Há uma clara tentativa de dificultar a ascensão de novas figuras políticas”, disse.

Para o deputado Arolde de Oliveira (PSC-RJ), já não há mais tempo para aprovar regras que valham para 2018, como querem os parlamentares. Essas mudanças teriam de ser aprovadas na Câmara e no Senado antes de outubro. “Estamos discutindo uma reforma política em causa própria, em 45 dias para ser votada. O eleitor não é bobo, ele está vendo isto”, disse.

 

Fonte: EBC

Comentar

Print Friendly, PDF & Email

About the author

Gomes Oliveira

Add Comment

Click here to post a comment

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

COMPARTILHE

BAIXE NOSSO APLICATIVO

RESENHA POLITICA

TEIA DIGITAL

TEMPO REAL

PUBLICIDADE

Instagram

Instagram has returned empty data. Please authorize your Instagram account in the plugin settings .
WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com