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País tem 2,7 milhões de idosos que ainda não tomaram a 2ª dose

O percentual desse público que completou a vacinação contra covid-19 surpreendeu especialistas, mas número pode melhorar

Após o Ministério da Saúde anunciar um calendário para a terceira dose da vacina contra a covid-19 em idosos, o Brasil ainda tem a missão de convencer 2,7 milhões de brasileiros com mais de 60 anos a completarem a imunização com a segunda aplicação.

De acordo com dados do painel do Laboratório de Estatística e Ciência de Dados da UFAL (Universidade Federal de Alagoas) e do Localiza SUS, do Ministério da Saúde, o número de idosos que completaram a imunização contra a covid é alto no país, próximo a 100% em algumas faixas, mas 2,7 milhões ainda precisam procurar os postos para a segunda dose.

“A vacinação dos idosos foi realmente muito boa, acima de 90% para quase todos os grupos, es perto dos 100% para os mais velhos”, analisou o professor e coordenador do laboratório da UFAL, Krerley Oliveira.

O grupo com mais de 80 anos foi em peso buscar a vacina: 98,39% dessas pessoas tomaram as duas doses ou a solução da Johnson, de aplicação única. Os idosos mais novos, entre 60 e 64, têm os piores números na terceira idade, com 82,16%.

É também na faixa de 60 a 64 que estão as maiores quantidades dos que têm de buscar a segunda injeção: 1.520.000 estão nessa situação, mais da metade dos 2,7 milhões de senhores e senhoras que precisam completar a campanha. Com mais de 80, faltam tomar o imunizante 260 mil brasileiros.

Krerley Oliveira acredita que o medo de adoecer levou os brasileiros mais velhos a buscarem os postos em todo o país, mas ressalta que isso não se repetiu em outra idades. E é preciso, lembra ele, uma imunização elevada em todas as faixas para que o vírus deixe de circular no país.

O diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) Renato Kfouri explica que é normal que em campanhas multidoses a vacinação tenha parte do público alvo que não complete a vacinação. “Isso se dá por vários motivos. mas um importante é que o intervalo longo entre as doses atrapalha a cobertura”, disse o infectologista.

AstraZeneca e Pfizer começaram a ser usadas por aqui adotando como regra nacional a diferença de três meses entre as aplicações.

“As taxas de abandono dependem também de inúmeras variáveis, como a região onde o morador está ou a falta de divulgação da campanha. Além disso, muitos não comparecem porque já se sentem protegidos depois da primeira dose ou porque tiveram reações ao tomar a vacina, se esqueceram ou, o que ocorreu no país neste ano, foram ao posto e não encontraram a vacina, porque estava em falta”, afirmou Renato Kfouri.

As fake news, que minimizaram os efeitos da vacina ou propagandearam que pessoas estavam morrendo mesmo imunizadas, também ajudariam a explicar esses abandonos, dizem os especialistas.

Nem todos estão atrasados

Nem todos os 2,7 milhões que precisam da segunda dose e, portanto, só poderão tomar a terceira seis meses após esse passo, estão atrasados no calendário.

Apesar de o período de vacinação para os grupos prioritários acima de 60 anos ter se encerrado em meados de maio de 2021, estados e municípios permitiram a imunização a qualquer momento para os que perderam a data.

Assim, nesses últimos três meses (fora, portanto, das datas dos grupos prioritários), 987 mil idosos tomaram a primeira dose  – dados do Ministério da Saúde.

De acordo com a pasta, 8,5 milhões de brasileiros, em todas as faixas etárias do público adulto, haviam perdido a data da segunda dose contra covid-19 até o início desta semana.

FONTE: R7.COM

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