Há vinte dias, o lobista Fernando Antônio Falcão Soares, o Fernando Baiano, foi de Madri para Paris a fim de se encontrar com um famoso advogado de Brasília bem relacionado com o PT. Neste encontro, Baiano disse ao advogado que, se fosse preso, faria uma delação premiada e que queria que esse recado fosse repassado para o PT. Agora, ele mandou um recado para PMDB: está na Espanha e de lá não volta. Como? Baiano tem dupla cidadania, diz um peemedebista. A prisão dele foi decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato. Baiano é suspeito de intermediar negócios entre empreiteiros, políticos do PMDB, a Petrobras e a Transpetro, sua subsidiária.
Fernando Baiano –Operador do PMDB não vai se entregar, afirma defesa
O empresário Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano – procurado pela Polícia Federal por suspeita de atuar como lobista e operador do PMDB no esquema de corrupção e pagamento de propinas na Petrobras – não pretende se entregar às autoridades da Operação Lava Jato. Segundo o criminalista Mário de Oliveira Filho, que defende Fernando Baiano, a estratégia é ingressar com pedido de habeas corpus perante o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) para tentar derrubar o decreto de prisão expedido pela Justiça Federal em Curitiba, base da Operação Juízo Final, sétima fase da Lava Jato. Fernando Baiano está sob suspeita da PF porque teria distribuído propinas a agentes públicos e valores para partidos políticos sobre porcentuais de contratos bilionários da estatal petrolífera. O PMDB teria o controle da Área de Internacional da Petrobras. A prisão de Fernando Baiano em regime temporário foi ordenada dia 10. A PF vasculhou o endereço do empresário, no Rio, e apreendeu documentos e computadores. A PF lançou o nome de Fernando Baiano na difusão vermelha, índex dos mais procurados do planeta, segundo registros da Interpol – a Polícia Internacional que mantém conexões com quase 200 países.”Minha orientação é para (Fernando Baiano) não se entregar, vamos tentar o habeas corpus”, declarou Oliveira Filho. O criminalista está hoje em Curitiba e sua meta é apresentar três habeas corpus simultaneamente – um em favor de Fernando Baiano, outro em favor do presidente da Iesa Óleo e Gás, Valdir Lima Carreiro, e outro em favor de um diretor da empresa, Otto Sparenberg. Estes dois, Carreiro e Sparenberg, estão presos. Fernando Baiano está foragido.
com informações:
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/felipe-patury/
http://almeidanoticias.com/category/geral/
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