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Milhares de haitianos acampam no Texas após cruzarem fronteira

Segundo as autoridades locais, mais de 8 mil imigrantes ilegais estão dormindo ao ar livre e carecem de serviços básicos

Mais de 8 mil imigrantes ilegais, a maioria de nacionalidade haitiana, são mantidos por autoridades dos Estados Unidos em um acampamento improvisado no sul do estado do Texas, após cruzarem em massa a fronteira pelo lado do México.

Os imigrantes têm entrado nos Estados Unidos desde terça-feira (14) através da região de Del Rio (Texas) e sobrecarregam as autoridades de imigração americanas, que improvisaram o acampamento sob a ponte internacional que liga a cidade com Ciudad Acuña, no lado mexicano, enquanto aguardam os pedidos de asilo serem processados.

Os milhares de migrantes, segundo as autoridades locais, estão dormindo ao ar livre e carecem de serviços básicos. As condições ameaçam criar uma nova emergência humanitária na fronteira sul, que tem registrado um número recorde de imigrantes ilegais desde que Joe Biden tomou posse como presidente dos EUA em janeiro, e já se tornou o foco de uma crise política.

Segundo o jornal “The Washington Post”, muitos dos que chegaram nessa leva deixaram o Haiti após o terremoto de 2010 rumo, especialmente, ao Brasil e ao Chile, mas a crise gerada pela pandemia da covid-19 os levou agora para os Estados Unidos.

A Patrulha de Fronteira dos EUA enviou reforços a Del Rio para administrar o acampamento e devido à incerteza de que mais imigrantes possam atravessar a fronteira nos próximos dias.

O governador do Texas, Greg Abbott, do Partido Republicano, anunciou nesta quinta-feira o fechamento de seis pontos de passagem de fronteira com o México para “evitar que caravanas de imigrantes infestem” o estado. Mais tarde ele recuou no tom e disse que os agentes do estado só estarão presentes para reduzir as chegadas.

O prefeito de Del Rio, Bruno “Ralphy” Lozano, do Partido Democrata, cobrou o governo de Joe Biden a “reconhecer que há uma crise de fronteira em tempo real acontecendo neste momento com graves consequências para a segurança e a saúde”.

Lozano, que descreveu o acampamento como uma “favela”, também advertiu que se os agentes se concentrarem neste ponto, o restante do trecho da fronteira vizinha com a  cidade, de 400 km, ficará sem vigilância.

FONTE: EFE

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Gomes

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