Interior

COSTA MARQUES: Mais de sete toneladas de lixo são retiradas do rio Guaporé

Todo o trabalho foi feito com embarcações do tipo ‘voadeiras’, uma vez que o rio Guaporé está muito seco, sendo impossível utilizar embarcações de fundo chato, conhecidas como chalanas

O Governo de Rondônia, por meio da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), desenvolveu uma operação especial de limpeza em rios do interior do Estado. No período de 2 a 6 de dezembro foram retiradas 7,5 toneladas de lixo do rio Guaporé e nos 300 quilômetros de trecho percorridos nas comunidades de Pedras Negras, Santo Antônio do Guaporé, Santa Fé, Forte Príncipe da Beira e comunidade de Jesus, além das colônias de pescadores de Costa Marques e São Francisco do Guaporé.

A ação faz parte do projeto ‘Reciclando Hábitos’, desenvolvido pelo Escritório Regional da Sedam, que possui aporte financeiro das Comarcas de Costa Marques, São Francisco do Guaporé e São Miguel do Guaporé.

O projeto foi dividido em duas fases. A primeira foi o trabalho ambiental de cunho educativo, ao longo do Vale do Guaporé no mês de novembro, onde foi explicado à comunidade o impacto ambiental dos resíduos no rio e o cumprimento do período de defeso (reprodução de peixes).

Na segunda etapa, no mês de dezembro, ocorreu a limpeza do rio Guaporé nas comunidades, por dois grupos a fim de ampliar a abordagem.

Todo o trabalho foi feito com embarcações do tipo ‘voadeiras’, uma vez que o rio Guaporé está muito seco, sendo impossível utilizar embarcações de fundo chato, conhecidas como chalanas. As chalanas são utilizadas para pernoitar e preparar a alimentação, à vista disso, o trabalho da equipe foi redobrado.

Vale mencionar que o projeto se deu a partir de uma ação chamada ‘Mobilização Guaporé Limpo’ que realiza o trabalho de limpeza há mais de nove anos em um trecho do rio.

Mas com atuação em conjunto, por meio do projeto ‘Reciclando Hábitos’ foi ampliado três vezes mais, atingindo pontos mais impactados pela ação humana, aqueles com mais resíduos sólidos. Inclusive, em Costa Marques, muitos voluntários aderiram à ação de limpeza às margens do rio.

Para a gerente regional de Gestão Ambiental, Jessica Torezani, a ação foi desenvolvida com capricho e dedicação. “Conseguir abranger áreas maiores e principalmente fortalecer as comunidades, como mobilizar colônia de pescadores, para participar da limpeza, no intuito de juntos somarem esforços para proteção e conservação do rio Guaporé, é muito importante”, pontua a gerente regional, deixando claro que a ação é mais um pontapé para ações maiores ao longo do rio Guaporé. Atualmente, a Sedam atua na proteção dos rios do Estado de Rondônia. A gerente destaca também que:

“proteger os recursos hídricos e a nossa fauna aquática da mortandade é conservar as belezas cênicas do Vale do Guaporé”.

APOIO VOLUNTÁRIO

Elvis Pessoa, presidente há 20 anos da Associação Quilombola, atualmente administrador distrital e porta-voz do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Procuradoria Federal, demonstra satisfação em ver a comunidade abraçando a causa a qual intitula de uma mobilização mais completa.

Para ele, é a primeira vez que presencia uma instituição ajudando a comunidade. O mutirão de limpeza já havia sido realizado algumas vezes pelas escolas locais, porém de forma mais restrita. Enquanto acontecia a ação, foi detalhado o impacto ambiental que os resíduos sólidos causam, a citar, o tempo que leva para se decompor, prejuízos à saúde animal, entre outros.

“Pela surpresa nossa, as pessoas se dispuseram a fazer isso. Acredito que esse tipo de incentivo demonstra a necessidade do zelo, pois da onde a gente tira e não repõe, amanhã pode não ter”, explica o presidente da associação.

Pessoa comenta ainda, que o processo de limpeza melhora o fluxo do próprio rio, havendo uma melhora do meio ambiente. “O nível de sujeira que encontramos no rio é muito grande, então esse trabalho de mobilização da comunidade, tem sido um excelente exemplo e é algo que até foi sugerido que ocorresse de três em três meses. A proposta é que no rio cheio a gente continue fazendo o mutirão, sobretudo uma limpeza total nos igapós também”, conclui.

SOLENIDADE DE ABERTURA

Durante a segunda etapa do projeto, foi realizada uma solenidade de abertura que contou com a presença do secretário da Amazônia e Serviços Ambientais, Joaquim Álvaro Leite; do secretário da Sedam, Marcílio Leite Lopes e do magistrado da comarca de Costa Marques, entre outras autoridades.

O secretário da Amazônia, enquanto esteve em Rondônia, participou de um dia do projeto no Real Príncipe da Beira, primeira comunidade visitada.

A ação da Sedam contou com apoio da Polícia Militar, do Batalhão da Polícia Militar Ambiental, Exército Brasileiro, Agência de Defesa Sanitário Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), além de voluntários e associações.

FONTE: SECOM/RO

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