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Irmã Dulce será canonizada pelo Papa Francisco neste domingo

Cerimônia será realizada no Vaticano. A religiosa será a primeira mulher nascida no Brasil declarada santa.

A freira baiana de voz doce e pulso firme será a primeira mulher declarada santa nascida no Brasil.

Doce Luz, Anjo Bom da Bahia, Santa Irmã Dulce dos Pobres. Vinte e sete anos após sua morte, a religiosa baiana foi oficialmente considerada santa pelo Vaticano. Mas, no imaginário popular, a freira que usava o inconfundível hábito azul e branco já havia sido santificada.

Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes nasceu em 26 de maio de 1914 em uma família de classe média de Salvador. Por volta dos 13 anos começou a fazer trabalhos sociais e aos 19 fez os votos perpétuos e passou a se chamar Irmã Dulce, uma homenagem à mãe.

Foram mais de 60 anos dedicados a atender os mais necessitados. No início dos 1940, a religiosa invadiu cinco casas abandonas em Salvador para abrigar doentes.

Alguns anos depois, o galinheiro do Convento de Santo Antônio virou um ambulatório pelas mãos de Irmã Dulce. Atualmente, o complexo de saúde faz três milhões e meio de procedimentos ambulatoriais por ano, todos gratuitos, pelo SUS.

Apesar da aparência frágil e da voz doce, Irmã Dulce sabia como convencer políticos e poderosos a apoiar suas obras, como destaca o jornalista Graciliano Rocha, que pesquisou a vida da freira baiana por oito anos para escrever a recém-lançada biografia Irmã Dulce, a Santa dos Pobres.

Em 1988, Irmã Dulce foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz, pelo então presidente José Sarney. Ela também gostava de futebol, tocava sanfona e órgão. Mas comia e dormia pouco. Durante trinta anos passou as noites sentadas em uma cadeira de madeira para pagar uma promessa feita pela saúde da irmã.

O Anjo Bom da Bahia morreu em 13 de março de 1992 aos 77 anos. O processo de canonização de Irmã Dulce começou em 2000. Para que ela se tornasse oficialmente santa, dois milagres precisavam ser confirmados pelo Vaticano.

O primeiro deles foi reconhecido em 2010. Uma mulher da cidade de Itabaiana, em Sergipe, foi curada de uma hemorragia pós-parto depois de rezar para Irmã Dulce.

Em maio deste ano a Santa Sé reconheceu o segundo milagre. O músico José Maurício Bragança Moreira ficou cego aos 36 anos por causa de um glaucoma. Depois de 14 anos, durante uma crise de conjuntivite, ele pediu a irmã Dulce para tirar a dor que sentia. Mas recebeu muito mais: voltou a enxergar.

O Memorial de Irmã Dulce, em Salvador, recebe diariamente centenas de relatos de graças alcançadas por intercessão da freira.

Em 20 de outubro, uma grande celebração vai ocorrer na Arena Fonte Nova, em Salvador, em homenagem à Santa Irmã Dulce dos Pobres.

 

FONTE: CBN

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