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Investigado, Pazuello ganha cargo de “estrategista” no governo Bolsonaro

Ex-ministro da Saúde criticado por gestão marcada por explosão de mortes e por não garantir vacinas suficientes vai assumir cargo de “secretário de estudos estratégicos” dentro do Palácio do Planalto.

 

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que comandou a pasta de maio de 2020 a março de 2021 e é um dos principais alvos da CPI da Pandemia, foi nomeado nesta terça-feira (1º/07) para um cargo dentro da Presidência da República.

General da ativa do Exército, ele exercerá o cargo de secretário de estudos estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, que fica no Palácio do Planalto e é comandada por Flávio Rocha, almirante da Marinha.

A portaria de sua nomeação foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, general da reserva, e publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

Pazuello terá um cargo DAS 6, a hierarquia mais alta possível para cargos de confiança, com um salário de R$ 16.994,90 que se somará ao seus vencimentos do Exército, sujeito ao teto constitucional de R$ 39,2 mil.

O cargo permite que Pazuello esteja próximo de Bolsonaro, mas não garante ao ex-ministro foro privilegiado – ele pode vir a responder a inquéritos e eventuais ações penais na primeira instância da Justiça.

Atualmente, além de alvo da CPI, que pode solicitar o seu indiciamento, Pazuello é investigado pela Polícia Federal por conta de suas decisões quando estava à frente do Ministério da Saúde, em especial o caso da falta de oxigênio em hospitais de Manaus.

Em 23 de maio, Pazuello participou de um ato político no Rio de Janeiro ao lado do presidente, apesar de o regulamento disciplinar vedar participação de militares nesse tipo de evento. O Exército não se manifestou publicamente sobre o caso. Pela participação no ato, o general está respondendo a um procedimento administrativo no Exército.

Pazuello comandou o ministério da Saúde entre maio de 2020 e março deste ano. Sua gestão foi alvo de críticas.

Quando o general assumiu a pasta, o Brasil acumulava 233 mil casos e 15.633 mortes associadas à covid-19. Quando o substituto do general na pasta foi anunciado, o número de casos passava de 11,5 milhões, e o de mortes se aproximava de 280 mil, com o país ocupando o segundo lugar entre as nações com mais óbitos na pandemia. Pazuello também deixou o cargo sem garantir vacinas suficientes para a população e com um inquérito no Supremo por suspeita de omissão na crise de Manaus.

FONTE: DEUTCHE WELLE

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