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Forças Armadas compraram 80 mil unidades de cerveja e mais de 700 mil kg de picanha

Members of the Brazilian Armed Forces take part in a military exercise as part of the Agata operation, on the Oiapoque River in Oiapoque, Amapa state, Brazil, on the border with French Guiana, on October 31, 2020. - The Agata operation carried out by the Armed Forces, Federal Police, Federal Revenue and the Brazilian Institute for the Environment and Renewable Natural Resources (IBAMA), consists in combating drug and arms trafficking, smuggling, illegal mining and fishing, boat theft and irregular transportation of wood and fuel, in the states of Para and Amapa. (Photo by NELSON ALMEIDA / AFP) (Photo by NELSON ALMEIDA/AFP via Getty Images)

Depois da notícia de que o Ministério da Defesa gastou mais de R$ 632 milhões com alimentação em 2020, com gastos que incluíam chiclete, vinhos e leite condensado, novo levantamento mostrou que as Forças Armadas compraram cerca de 80 mil unidades de cerveja e mais de 700 mil quilos de picanha.

Foi constatado ainda por deputados federais do PSB, junto ao orçamento federal, o superfaturamento desses produtos em mais de 60%.

No documento entregue pelos parlamentares à Procuradoria-Geral da República (PGR), eles afirmam que as compras revelam o “uso de recursos com ostentação e superfaturamento” e a “falta de zelo e responsabilidade com o dinheiro público” por parte das Forças Armadas.

Segundo o levantamento, foram compradas 500 garrafas de cerveja Stella Artois, no valor de R$ 9,05; três mil garrafas de Heineken, por R$ 9,80; e 3.050 garrafas de Eisenbahn pelo preço unitário de R$ 5,99.

“Essas bebidas especiais são mais caras e elitizadas, estando distantes dos cidadãos mais pobres”, citam os deputados no texto da denúncia.

No documento, os parlamentares apontam também o superfaturamento das bebidas. As Forças Armadas teriam adquirido 1.008 latas de Bohemia Puro Malte de 350 ml pelo preço unitário de R$ 4,33. Em levantamento feito nos supermercados a mesma cerveja foi encontrada pelo preço de R$ 2,59, o que caracterizaria um sobrepreço de 67%.

Já as garrafas da mesma bebida de 600 ml foram compradas pelo governo federal por R$ 7,29, enquanto na pesquisa de mercado o produto foi encontrado por R$ 5,79.

Além disso, os deputados destacaram que a picanha foi comprada por R$ 118,25 o quilo. “Não é possível conceber que agentes públicos possam estar se deleitando com banquetes e bebidas alcoólicas às custas dos cofres públicos”, diz a denúncia encaminhada à PGR.

“A associação de 700 mil quilogramas de picanha e 80 mil itens de cerveja em compras públicas não parece ser um exemplo de gestão alinhada ao Princípio da Moralidade Pública. As quantidades citadas, entretanto, demonstram a falta de bom senso, ética, respeito e parcimônia na execução orçamentária. Para nós, trata-se de um comportamento ilegal e imoral por parte desses gestores, especialmente em um ano de pandemia e crise econômica”, afirmam os parlamentares.

FONTE: YAHOO NOTÍCIAS

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